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General: NUNCA SERÁ "UM VAZIO NO TEMPO"
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De: isaantunes  (Mensaje original) Enviado: 12/08/2009 09:02

Nunca será «Um vazio no tempo»

Raul Solnado morreu aos 79 anos

2009-08-10
Por Marlene Moura


Raul Solnado fez rir durante 50 naos
Raul Solnado fez rir durante 50 naos
Estreou-se gago no Teatro Monumental e, com um texto de duas linhas, prolongou o espectáculo durante meia hora e foi assim que cativou o público e nunca mais foi esquecido. Raul Solnado deixou a sua plateia aos 79 anos perecendo de complicações cardiovasculares, após uma operação às artérias carótidas.

Centenas de pessoas estiveram ontem no Palácio das Galveias, em Lisboa, para dar um último adeus ao actor, onde o seu corpo esteve em câmara ardente; seguindo depois para o cemitério dos Olivais, para ser cremado, como era a sua vontade. O funeral foi transmitido em directo pelos três canais portugueses – SIC, TVI e RTP1 – fazendo uma panorâmica deslizar sobre amigos, familiares, admiradores e anónimos.

“A gaguez reverteu a meu favor”, contou uma vez, acrescentando que embora fosse um pouco preguiçoso, nunca teve falta de ambição. “Percorri todas as áreas do espectáculo desde ser cómico principiante a papéis dramáticos, programas de televisão, fiz de palhaço e tudo o que se pode fazer”. No entanto, referiu, “sinto que deixei alguma coisa por fazer, mas não sei o quê”.

Bem lembrado pelo seu papel em «A balada da praia dos cães», filme português de 1987, rodado por José Fonseca e Costa, foi também o rosto do programa «Zip Zip» ao lado de Carlos Cruz e Fialho Gouveia, em 1969. A partir daí, as suas rábulas permanecem na memória e prolongam-se. Pisou vários palcos e entre diferentes máscaras foi uma das figuras mais acariciadas pelo público.

Um dos seus últimos espectáculos foi o ‘stand up comedy’ «Conversas à solta» que rodou o país. E, na televisão portuguesa, o derradeiro programa é o actual «As divinas comédias», com Bruno Nogueira, que estreou ontem, em jeito de homenagem.

Foi a primeira figura a trazer para Portugal o ‘stand up’ e foi uma referência para a nova geração onde se denotam como percursores «Os Contemporâneos» e «O gato fedorento».

Rábulas de Solnado permanecem
Rábulas de Solnado permanecem

Fundou a Casa do Artista, com Armando Cortez, para que “as pessoas do espectáculo tenham um abrigo onde se podem reunir e partilhar”.

Fazer rir com originalidade

Partilhou 15 anos da sua vida com Leonor Xavier, jornalista e escritora, autora da biografia – «Raul Solnado – A vida não se perdeu» –, livro que capta os aspectos mais originais da personalidade artística e humana do humorista, com uma lista completa de “histórias vivas e vividas” e algumas em discurso directo.

E a ela contou a primeira gargalhada que provocou. Aconteceu junto ao pombal do seu pai: “Um dia, quando eu tinha quatro anos, ele estava com um grupo de uns amigos e soltou um pombo para eles verem que não fugia, porque era amestrado. Eu estava de tronco nu, tinha uns calções com umas alças. O pombo voou e cravou as unhas para pousar no meu ombro. Isso doeu-me tanto, que dei um grito: «foda-xe!» Então, ouvi uma tremenda gargalhada (…) Ele pôs-me de castigo, mandou-me para o meu quarto. Era a minha primeira perplexidade”.

Fez rir e nunca mais parou. Como amador, Solnado, integrou a Sociedade Guilherme Cossul e aí foi quando se apaixonou “pelas palavras e das palavras ao palco foi um saltinho”, dissera.

A sua amiga e actriz Simone de Oliveira, em entrevista, recordou-o como “o maior humorista que Portugal podia ter, que fazia rir com originalidade e sem precisar de usar palavrões, nem gestos obscenos”. E, no final, despediu-se com um estremecido… “até logo”.

Junto ao seu caixão estava o texto «Um vazio no tempo», escrito pelo próprio Raul Solnado. As palavras deixadas remetiam-no para um momento de introspecção, onde falava de uma enorme vontade de rezar, aquando da descoberta de uma divisão vazia num pavilhão e segundo escreveu, saiu dali e em frente ao Tejo lançou um grito de alívio.

Contudo, para aqueles que lhe prestaram a sua última homenagem, ainda menos do que alívio foi um vazio no tempo, já que esse ficará bem marcado pela sua memória –
“uma conquista saborosa, pelo preço do não anonimato”.

 

In:http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=33989&op=all



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De: isaantunes Enviado: 12/08/2009 09:06
Gostei e partilho, porque já não me lembrava que, Raul Solnado era gago, tal era a arte ! Isabel

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De: isaantunes Enviado: 12/08/2009 09:06
Gostei e partilho, porque já não me lembrava que, Raul Solnado era gago, tal era a arte ! Isabel

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De: isabelf1 Enviado: 12/08/2009 11:28
pois Isabel ... ele era gago sim ... e soube usar essa sua "falha" ... sempre o soube ... nunca o esqueci ... pois meu pai também era gago e soube usar essa gaguez ... era advogado ... e fazia palestras em barra que ninguém do seu tempo o igualáva na na nossa LM. continuo a sentir uma tristeza profunda pela partida de Solnado ... por muitos familiares próximos que partiram não senti o que agora tenho sentido ... beijinhos isabel

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De: isaantunes Enviado: 12/08/2009 13:26
Isabel, Parece-me haver uma, significativa diferença, entre vencer a gaguez num palco, ou perante as camâras de televisão, em que, julgo eu, há uma prepração e a hipótese de escolher as palavras a usar, o que não aconteceria ao teu pai, obrigadado a empregar termos técnicos e a responder rapidamente, de acordo com as situações. Como, vivia na Beira, não sei se conhecia, pelo menos de nome, o teu pai. Penso que, Portugal inteiro chora a perda do Raul Solnado, não era só um grande actor, mas uma pessoa que despertava um certo carinho, pela sua maneira de ser. Recordo-me que, há largos anos, numa brincadeira de signos, me referiram gente famosa nascida a 19 de Outubro; apenas fixei o de Raul Solnado, pela admiração que me merecia e sempre me lembro dele, nesse dia. Beijinhos. Isabel

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De: isabelf1 Enviado: 12/08/2009 14:24
Oi Isabel ... vivendo na Beira ... é natural não conheceres o nome do meu pai... ele actuava nas comarcas de LM, e nas circundantes, tais como, Inhambane, Quelimane, Xai-Xai, Manhiça, Vila Luisa/Marracuene e enfim ... tudo o que estava à volta de LM ... mas quem viveu em LM conhecia-o ... mas repara .. eu sou filha de pais velhos, meu pai era de 1912, a minha mãe .. irá fazer em Novembro 90 anos .... quase aposto que és filha de pais mais novos que os meus .... mas ...muitos conheceram o meu pai ... entre eles alguém bem "ilustre" nos nossos meios ... Almeida Santos foi pupilo do meu pai .... beijinhos isabel

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De: isaantunes Enviado: 14/08/2009 09:10
Isabel, Não tenho dúvidas que as nossas famílias se terão conhecido em LM. O meu pai nasceu em 1913, em Turquel e foi para lá, em 1922. Como funcionário da Veterinária, andou pelas mesmas terras que o teu, Manhiça, Xai-Xai, onde vivi algum tempo e adorei. A minha mãe, nunca viveu em LM e fará 95 anos no próximo mês. Não só, não tenho pais mais novos que os teus, como sou mais velha que tu. Com esta conversa toda, lembrei do Ricky, de quem não tenho notícias, porque o sr. Carvalho dos Santos e o meu pai foram colegas e amigos. Sabes dele e da família? Um grande beijinho. Isabel

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De: isabelf1 Enviado: 14/08/2009 09:20
Oi Isabel ... quem sabe? se foi assim ... então é natural terem-se conhecido ... como está a tua mãe? a minha está óptima para a idade ... pergunta-lhe então se o nome Matias Adriano de Sousa, lhe diz algo ... os irmãos de meu pai eram médicos ... e mesmo que não tenha conhecido o meu pai, é natural terem conhecido os meus tios. eu há muito não sei do Ricky ... mas posso ligar-lhe a dizer que queres falar com ele .. dá-me o teu mail ... valeu? beijinhos isabel

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De: isaantunes Enviado: 14/08/2009 14:02
Isabel, A minha mãe já perdeu qualidade de vida há um ano, para cá. Raramente, me reconhece! Fico-te, muito grata, por me ajudares a saber da família Carvalho dos Santos. Com o hábito de guardar tudo no PC, acabei por perder os números do telm. do Ricky e do telefone de casa, do pai. O meu endereço electrónico é: misabel.antunes@sapo.pt Um grande beijinho. Isabel


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