Alle, France 16 de Julho, parecia que o ar me estava faltando, tinha de falar com alguém, sem pensar duas vezes, abri a porta e bomo a medo bati na da frente, ou seja no 325, e logo me apareceu a figura de Antuane, o vizinho francês que me olhou sorrindo vendo a minha atrapalhação para me explicar... meio espanholado lhe pedi se descia comigo o elevador, (sempre me causa arrepios entrar naquela coisa esquisita), afim de ir á pequena loja no fundo do prédio.
Uma loja pequena onde as hortaliças e frutas esturravam ao sol nas caixas cá fora.
Um arabe de grandes bigudaças e uns olhos que não olhavam bem de frente, um tipo estranho. Escolhi umas batatas e umas cerejas dando o dinheiro para pagar, pois era impossível entrar tal a confusão dos artigos expostos. Voltou me entregou o saco e eu voltei a subir o elevador até ao 8º . Finalmente respirei e agradeci ao Antuane sorrindo, enquanto eu me sentia o Capuchimo Vermelho, ouvindo a porta fechar um arrepio de frio numa tarde quente... aquele corredor imenso me fazia lembrar as celas de uma cadeia, a minha era o 324, bolas fechei a porta e me mantive encostada a ela sem saber que fazer, molhei o rosto e lavei as cerejas que o parvo do homem tinha misturado ás batatas empoeiradas.
Um bairro (Vila) era bonito, as casas são todas em rosa umas iguais ás outras. Junto ao estacionamento os Velolibe com bonitas bicicletas todas iguais com a devida cestinha para as compras, para alugar, uma forma de chegar ao metro, onde outro parque esperava a bicicleta, e assim sucessivamente, o que facilita o trãnsito e menos poluição.
Hoje fico por aqui boa noite
São Percheiro