A mítica espingarda automática Kalashnikov pode já ter gasto os cartuchos todos.
Depois de mais de meio século de vida catapultados por se ter tornado na arma preferida de ditadores, mafiosos e revolucionários, a fabricante OAO Izhmash poderá declarar falência.
A crise económica revelou-se a gota de água para a fabricante. Ontem, um tribunal russo considerou que poderá obrigar a OAO Izhmash a declarar falência pelo facto da fabricante dever mais de 13 milhões de dólares a um fornecedor.
A fama acabou, igualmente, por ser a sua ruína. Segundo algumas estimativas, vendem-se dez imitações por cada Kalashnikov autêntica em países como a China, Bulgária ou Polónia.
"A arma tem este problema desde, pelos menos, cinco anos. A Kalashnikov encontra-se nesta situação pelo facto da sua construção ser muito fácil", assegura o estudioso Larry Kahaner, citado pelo ‘The Globe and Mail'.
Mas não é apenas a Kalashnikov que está em crise. O mercado internacional de armas também foi afectado e já há muitos governos que optaram por reduzir os gastos militares dos seus orçamentos.
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