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notcias: DIWALI- FESTIVIDADES HINDUS- II
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De: shanti593  (Mensaje original) Enviado: 04/10/2009 20:52

FESTIVIDADES

Na Índia as celebrações ritualísticas ou "utsava" são muito observadas e o número de festividades religiosas anuais é muito alto. As épocas mais importantes são o período da primavera e do outono. Como cada festival está associado a uma divindade particular, se celebra em um dia que é especialmente auspicioso para esse deus.

Algumas das principais são as seguintes:

DASHAHAR (o décimo dia). É a culminação de nove noites de celebrações dedicadas a Deusa Parvati. Segundo a tradição, Rama (é um avatar do deus Vishnu, ou seja, uma de suas encarnações) as observou para conseguir vencer Ravana. A festa celebra essa vitória e se queimam publicamente efígies do demônio. É um momento muito propício para iniciar expedições militares. É uma festa especialmente importante para a casta dos guerreiros, que a celebram com todo esplendor, com desfiles de elefantes e cavalos.

RMANAVAMÎ (o nono dia de Rama). Uma festividade no dia do nascimento de Rma. Durante os oito dias que a precedem é costume efetuar a leitura em voz alta do Râmâyana, para esse fim se reúnem nos templos eruditos os sacerdotes, para contar ao povo, através de histórias os ensinamentos vishnuitas.

SHIVARTRI (a noite de Shiva). Uma festividade em honra a Shiva. É uma das três noites sagradas do Tantra e precede o dia de celebrações, fazendo-se nela um rigoroso jejum durante o dia e a noite. Há celebrações especiais em Chidambaram, Kalahasti, Khajuraho, Varanasi e Bombaim.

VAISHKHÎ (a lua cheia de Vaishâkha). O festival da colheita no mês de Vishâkha (26 de abril ao 25 de maio). Se celebra o início do ciclo agrícola, com grande quantidade de bailes, comidas campestres e enfeitando-se ruas e fachadas das casas. As modalidades da festividade e dos deuses venerados variam segundo as regiões, enquanto os banhos rituais em estanques e rios são um elemento comum a todas elas.

 

HOLÎ, O FESTIVAL DAS CORES

Essa é uma das festividades preferidas em toda a Índia, e também a mais antiga, uma celebração de caráter dionisíaco, onde se festeja a personalidade de Vishnu em sua encarnação como Krishna, enquanto as lendas sobre a origem da mesma são diversas. É uma exaltação da influência da primavera sobre a criação e as criaturas. É a última festividade do calendário hindu e tem lugar durante a lua cheia do mês de Phalguna (março)

O que distingue esta celebração eminentemente lúdica é o emprego da cor. As pessoas com pós coloridos (especialmente o vermelho, o denominado gulâla), seringas e pulverizadores cheios de água colorida, aspergem umas as outras, enquanto dançam e cantam canções muitas vezes com caráter erótico. Também é freqüente a realização de adornos florais e acender fogueiras que simbolizam a destruição do ano que se acaba. São realizados ainda, variedades de doces específicos para a ocasião. É costume visitar vizinhos e amigos ou parentes próximos. Essas celebrações não são realizadas no interior das casas, mas sim nos pátios, ruas, praças e locais de reunião.

É particularmente importante para a casta dos artesãos e é tradicional que se rompam todos os convencionalismos sociais que se observam durante o resto do ano, com um espírito dionísico e transgressor que permite liberar as tendências reprimidas. Seria como uma inversão das normas habituais.

 KUBHAMELA

A mais destacada das festas religiosas da índia é a denominada Kumbhamelâ (festival do vaso), um festival que se celebra a cada três anos nas cidades de Allahabâd, Haridvâra, Ujjainî e Nâsika. Cada doze anos tem lugar a chamada Mahâkumbhamelâ (grande festival do vaso), de maior importância, em Allahabâd, devido a confluência dos rios sagrados Ganges e Yamuna e onde um terceiro, o Saraswati, um rio invisível em cuja existência os hindus acreditam, entra diretamente do céu na confluência dos dois rios anteriores.

MITOLOGIA

De acordo com a mitologia hindu, os deuses e os demônios combateram um dia para a posse de um vaso que continha o amrit, néctar ou bebida sagrada. Vishnu, a divindade que sustenta o universo, teria roubado o vaso (kumbh) dos demônios, levando-o para o céu. Durante a luta, quatro gotas da bebida divina teriam caído na terra, em quatro lugares diferentes da Índia. Esses lugares, onde o divino encontrara o humano, são considerados lugares sagrados.

PURIFICAÇÃO

Em destaque está a imersão dos peregrinos na confluência dos rios Ganges e Yamuna, que segundo alguns hindus ortodoxos, fazer isso no tempo do Kumbhmela e no dia da lua nova, dá maior garantia de ter suas culpas lavadas e até pode garantir a salvação total, isto é, a liberdade de novas reencarnações depois da morte.

Sites para visitar:

http://www.time.com/time/photoessays/2007/kumbh_mela_multimedia/

http://www.surfindia.com/festivals/haridwar-kumbh-mela.html

http://www.archaeologyonline.net/artifacts/kumbha-mela.html

A NOITE DE SHIVA

Para a metade dos hindus, Shiva é o deus principal e mais reverenciado, por isso, sua festividade principal se converteu na mais importante do ano.

Dentre essas, a mais destacada é a de Mahâshivarâtri (A Grande Noite de Shiva), que se celebra no décimo quarto dia da quinzena escura (lua minguante) do mês Mâgha (fevereiro-março). Esse dia do mês é considerado pouco auspicioso, pois é o momento em que os demônios e os espíritos aparecem no nosso mundo, porém Shiva os domina e os controla e os devotos lhe agradecem com suas oferendas. A tradição hindu diz que durante esta noite Shiva se manifesta como um Linga ou Lingam.

A palavra Lingam (ou linga) significa "símbolo" ou "aquilo através do qual se pode ver outra coisa". O Shiva Lingam é uma das mais sutis representações de Deus conhecidas pela humanidade. Trata-se de uma pedra em formato de elipse (ovalada) que, tendo uma configuração “abstrata”, tanto pode representar o Absoluto sem forma, quanto o Senhor dotado de atributos. Na Índia, reverenciar o lingam é o mesmo que reverenciar a Shiva. Ele pode ser feito em qualquer material, embora o preferido seja o de pedra negra. Na falta de uma escultura, se constrói um lingam com a areia da praia ou do leito do rio; ou simplesmente se coloca em pé uma pedra ovalada.

Essa festividade simboliza a festa de casamento entre Shiva e Parvati, por isso, nesse dia as jovens solteiras rogam ao deus que lhes conceda um bom marido. Elas obedecem um rigoroso jejum durante o dia e a noite, em que se vela os templos e os lares. O jejum acaba com o consumo de frutas secas. No dia seguinte se elabora e se consome o "bahanga", uma bebida intoxicante feita com "Cannabis indica" e leite, que induz os devotos ao estado alterado de consciência que canaliza em regozijo pela festa de Shiva.

 DIWALLI

A noite mais significativa do ano é a noite de Dîvâlî ou Diwalli (fileira de lamparinas ou luzes), em que se celebra uma das festas mais populares da índia e especialmente importante para os comerciantes. Nessa ocasião se reverencia a diversas divindades, principalmente Lakshmi, consorte do deus Vishnu e Deusa da Prosperidade e da Riqueza. Também o deus Ganesha é especialmente venerado neste dia.

A festa é realizada no décimo quinto dia da quinzena escura do mês Kârtika (21 de outubro a 18 de novembro), enquanto a série de festividades podem durar quatro ou cinco jornadas. Comemora-se a morte do demônio Narakâsura pelas mãos de Krishna e a libertação de dezesseis mil donzelas que ele tinha prisioneiras. Celebra-se também o regresso à cidade de Ayodhyâ do príncipe Rama depois de sua vitória contra Ravana, rei dos demônios. Segundo a lenda, os habitantes da cidade cobriram as muralhas e os telhados das casas com lamparinas para que Rama pudesse facilmente encontrar o caminho. Daí a tradição de se acender muitas luzes (lamparinas, fogos, etc.) durante a noite.

É típico dessa festa, portanto, a iluminação das casas com lamparinas de azeite, fogos de artifícios, banquetes e brincadeiras. É dia de dar esmolas aos pobres e entoar cantos ritualísticos. É momento de fazer limpeza em geral, repensar os afazeres do lar e decorá-lo para entrada do ano. Entre os costumes associados ao dia se incluem a adoração de moedas de prata para atrair riquezas, deixa-se nesta noite as janelas abertas das casas para que a Deusa Lakshmi encontre o caminho e favoreça a família. A Deusa favorece especialmente a reconciliação com os inimigos. É costume popular lançar barcos de papel ou lamparinas acesas no rio sagrado: quanto mais longe vão, maior será a felicidade no ano vindouro. Se elaboram uns desenhos chamados "manorâ" que são feitos nas paredes e adorados durante o festival. O festejo dura toda a noite e antes do nascer do sol acontece o ritual de lavar-se a cabeça. Esse simbolismo da festa consiste na necessidade do homem avançar até a luz da verdade desde a ignorância e infelicidade.

.......................

Se interessados no tema, posso descrever mais alguma coisa, nomeadamente a titulo de um Diwalli em casa(é sempre bom e auspicioso) e algumas receitas tradicionais (vegetarianas, sem conter algum produto animal e muito menos ovos-pratos salgados e doces)



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De: isaantunes Enviado: 04/10/2009 21:03
São, Adorei e fiquei com imensa vontade de assistir a uma festa destas! Vou voltar a ler, com mais calma, só conhecia a deusa Shiva. Obrigada e um beijinho. Isabel

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De: isaantunes Enviado: 04/10/2009 21:03
São, Adorei e fiquei com imensa vontade de assistir a uma festa destas! Vou voltar a ler, com mais calma, só conhecia a deusa Shiva. Obrigada e um beijinho. Isabel

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De: shanti593 Enviado: 04/10/2009 21:10
Isabel, Shiva é um Deus...do Trimurti Indiano, o Deus da destruição e do recomeço. Em união com o cosmos. Há uma conhecida dança, a Dança de Shiva, que retrata isso mesmo. Usualmente, veste de peles, uma cobra capelo pelo pescoço e um tridente. Vou tentar postar uma imagem no Blog(por aqui, assim, nao consigo) SAO


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