O presidente do CDS-PP considerou hoje "inaceitável" que existam cada vez mais pessoas a receber o rendimento mínimo sem pagar impostos, assinar contratos de inserção ou procurar trabalho.
"Num país onde há um milhão e meio de pensionistas com menos de 240 euros por mês (...) e onde o salário médio fica muito abaixo dos 1000 euros, não é normal, não é justo, não é aceitável que haja cada vez mais gente a descobrir que no rendimento mínimo se pode receber do Estado e não pagar quaisquer contribuições e impostos, não ter deveres, não assinar contrato de inserção, não procurar trabalho, nem aceitar ofertas", disse aos jornalistas Paulo Portas.
À margem de uma visita ao concelho de Arouca, onde é candidato a presidente da Assembleia Municipal, o líder do CDS-PP reagia ao relatório da segurança social que dá conta que no primeiro semestre deste ano o número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção aumentou em 50 mil pessoas, para 385 mil.
Sublinhando que o documento "confirma tudo aquilo que são as críticas do CDS-PP", o líder do partido adiantou que o país vai ter que fazer "uma opção muito clara", entre aqueles que querem trabalhar e os que "livremente decidem não fazer nada" e "vivem à custa do contribuinte".
Paulo Portas afirmou que o rendimento mínimo vai ter que acabar para os casos em que "é uma fraude".
"Eu gostava que houvesse um aumento do número de pessoas que podem trabalhar porque querem trabalhar e porque o país lhes oferece oportunidades de trabalho", disse ainda.
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