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General: UM TEXTO SEM A LETRA A
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De: isaantunes (Mensaje original) |
Enviado: 09/10/2009 14:34 |
Um texto sem a letra "A". Isto é possível? É possível, sim... Sem nenhum tropeço posso escrever o que quiser sem ele, pois rico é o português e fértil em recursos diversos, tudo isso permitindo mesmo o que de início, e somente de início, se pode ter como impossível. Pode dizer-se tudo, com sentido completo, como se isso fosse mero ovo de Colombo, desde que se tente. Sem se inibir, pode muito bem o leitor empreender este belo exercício dentro do nosso fecundo e peregrino dizer português, puríssimo instrumento dos nossos melhores escritores e mestres do verso, instrumento que nos legou monumentos dignos de eterno e honroso reconhecimento. Trechos difíceis resolvem-se com sinónimos. Observe-se bem: é certo que, em se querendo, esgrime-se sem limites com este divertimento instrutivo. Brinque-se mesmo com tudo. É um belíssimo desporto do intelecto, pois escrevemos o que quisermos sem o "E" ou sem o "I" ou sem o "O" e, conforme meu exclusivo desejo, escolherei outro, discorrendo livremente, por exemplo sem o "P", "R" ou "F", o que quiser escolher. Podemos, em corrente estilo, repetir um som sempre ou mesmo escrever sem verbos. Com o concurso de termos escolhidos, isso pode ir longe, escrevendo-se todo um discurso, um conto ou um livro inteiro sobre o que o leitor melhor preferir. Porém, mesmo sem o uso pernóstico dos termos difíceis, muito e muito se prossegue do mesmo modo, discorrendo sobre o objecto escolhido, sem impedimentos. Deploro sempre ver moços deste século inconscientemente esquecerem e oprimirem hoje o nosso português, culto e belo, querendo substituí-lo pelo inglês. Porquê? Cultivemos o nosso polifónico e fecundo verbo, doce e melodioso, porém incisivo e forte, messe de luminosos estilos, voz de muitos povos, escrínio de belos versos e de imenso porte, ninho de cisnes e de condores. Honremos o que é nosso, oh moços estudiosos, escritores e professores! Honremos o digníssimo modo de dizer que nos legou um povo humilde, porém viril e cheio de sentimentos estéticos, púgil, de heróis e de nobres descobridores de mundos novos!
Autor: Desconhecido.
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De: isabelf1 |
Enviado: 09/10/2009 16:25 |
Olá querida homónima,
Sabes ...
como já muito disse ...
eu adoro quem tem esta capacidade ...
brincar com a nossa Língua Portuguesa ... tão dificil ....
e tão rica ...
pena que seja texto de Autor Desconhecido ...
deve-se ter perdido a origem nos envios e re-envios ....
posso pedir um favor Isabel?
colocas esta postagem no MGM ... ficaria muito feliz.
beijinhos e obrigada
isabel |
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De: isaantunes |
Enviado: 09/10/2009 20:07 |
Isabel,
Também, achei muito interessante.
Claro que, coloco este texto, na MGM.
Beijinhos.
Isabel |
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De: isabelf1 |
Enviado: 10/10/2009 08:35 |
Obrigada Isabel ...
Já te deixei uma mensagem no MGM ...
e tens mais outra da Paula Raposo, que é uma poeta nossa ...
beijinhos
isabel |
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