Em comunicado divulgado hoje, segunda-feira, a PJ refere que as armas têm "grande valor histórico e cultural" e "elevada cotação no comércio da especialidade, mais de 100 mil euros".
As armas agora recuperadas são "exemplares únicos, com canos de desenroscar para carregamento, fechos de caixa e rica ornamentação com finos embutidos de ouro e prata e tinham sido fabricadas em 1817 para uso pessoal do Rei D. Pedro IV, pelo famoso mestre armeiro do Arsenal Real de Lisboa, Thomás Jozé de Freitas".
O autor do furto foi julgado e condenado, há alguns anos, mas na altura não foi possível recuperar as armas, uma vez que já tinham saído do país.
Anos mais tarde, a PJ teve conhecimento que as armas estavam na posse de um cidadão alemão que as colocou para venda em 1991 num conhecido estabelecimento de leilões em Londres.
Tal facto deu origem a um processo judicial na justiça britânica com vista a dirimir as questões da posse e, posteriormente, a outro num tribunal germânico, que proferiu decisão contrária aos interesses nacionais, o que levou o Estado português a interpor recurso que não alcançou provimento.
As armas foram novamente introduzidas no circuito comercial tendo agora sido detectadas e apreendidas.
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