Vamos a ver o que daqui vai sair, o dia até que não esteve mau, acho que S. Pedro me escutou...
Já falta pouco para mudar o l7 pelo 9... puxa, grande passada, e ando mesmo passada dos miolos, nunca vi trabalho executado como aqui, o pessoal trabalha a cãmara lenta, saltitantes como ávezinhas de galho em galho, aqui neste caso de casa em casa, primeiro que uma obra fique pronta, dão cabo da nossa pachorra, não há santo que aguente tanta lentidão, e desorganização; três meses para fazer remendos numa casa, uma coisa nunca vista!
Nem estou aqui, nem ali, já nem vejo as teias de aranha, mas tenho-me visto em papos de aranha para levar com calma esta grande trapalhada que me havia de aparecer nesta altura da minha vida.
Quinta feira estive lá todo o dia, o vizinho do lado tem um galo que está sempre cantando, e para quem não tem mestre até que não canta mal, até rimava com meu cavaquinho.
Também tem muitos gatos caramba, um deles é preto, não gosto lá muito mas tenho de gramar, um dia alguns deles vão para o prato de algum por engano... Ás 10 horas passa o padeiro, há muito que não comprava pão á porta, e que maravilha, encontrei daqueles papessecos que nós miudos diziamos com as "maminhas", verdade?!
Tenho uma vizinha da frente que tem a doença da vassoura, e mal me descuido lá está ela pondo o lixo para o esgôgo que por azar está mesmo na minha porta, valha-me Santónio!
Mas moro mais perto de tudo, e mais acompanhada ( por vezes segundo dizem, com arraial), faltam os fuguetes...
Breve irei embora, mas vou ter saudades destes 30 anos aqui vividos, e de muitos amigos que já partiram, por aqui agora é só silêncio, e assim vos vou deixar com esta mini-crónica cá do burgo.
São Percheiro