Tudo depende não de nós de todo um conjunto, das mãos frias e trémulas que seguram todo um projecto... dois peixes e cinco mãos mas que não consigo salvar o mundo nem mesmo a mim quando me sinto perdida neste labirinto de nervos, contrações lágrimas recalcadas que sulcam meu rosto já pálido....
Tudo depende do meu arco-íris onde não encontro a cor que procuro, e então eu me pergunto se tudo dependerá mesmo de mim?!
Me sinto assustada, as luzes se apagam aotomáticamente, as portas rangem como fantásmas me perseguindo, e eu corrro corro, e as pernas não sinto, o cansaço do corpo é tanto que não minto quando digo que sinto medo, terror, olho e vejo um mundo triste vazio sem amor, pego a garrafa bebo de um trago o vinho amargo que me queima a garganta que outrora era pássaro cantario que não deixava lugar ao vazio, e hoje penso se tudo de mim depende...
São Percheiro