Os trabalhos de remoção da estrutura flutuante que se afundou sem causar vítimas humanas cerca das 17.00 horas da quarta-feira deveriam ter começado ontem, com a previsão de terminar quatro dias depois após a montagem do novo pontão.
Ernesto Nhambe, administrador da Transmarítima, operadora do serviço público de travessias marítimas e fluviais no país, disse na tarde de ontem ao nosso Jornal que os equipamentos da empresa responsável pela substituição do pontão estavam a entrar da África do Sul, acrescentando que a expectativa era de os trabalhos se iniciarem antes do fim do dia.
Aquela entidade disse ainda que o empreiteiro garantiu que precisaria de quatro dias para concluir o trabalho, razão pela qual se acredita na possibilidade da travessia da baixa da cidade ao distrito municipal da Catembe voltar a ser efectuada a partir da ponte-cais antes do fim do presente ano, que já vai na sua derradeira fase.
Segundo o administrador Nhambe, o novo pontão, construído aqui na cidade de Maputo, estava em poder da Transmarítima, 24 horas do naufrágio do antigo, que nos últimos tempos já reclamava por reabilitação ou substituição, e espera-se montá-lo brevemente.
O naufrágio do pontão conectado à ponte móvel de madeira, que o ligava à infra-estrutura principal da ponte-cais deu-se cerca das 17.00 horas da quarta-feira, impossibilitando a travessia de viaturas, numa altura em que centenas de cidadãos pretendiam cruzar de uma margem para outra, alguns com os seus carros.
Desde então, o transporte de passageiros é feito via “Nyelete”, embarcação que liga a baixa da cidade de Maputo à Ilha da Inhaca, a partir do Porto de Pesca, que entretanto não pode levar viaturas.
Nesse sentido, o abastecimento de Catembe em comidas e bebidas, dependente da baixa da cidade de Maputo, é feito através de vias alternativas e pouco práticas.
Em média, vinte a trinta camiões atravessam a baía de Maputo de uma margem para a outra, com a finalidade de transportar comidas e bebidas para aquela parte da capital, estando o processo agora impossibilitado. Parte considerável da carga que atravessa em camiões pelos ferry-boats terá que chegar à Catembe simplesmente via barcos, o que dificulta a logística, na medida em que deve ser descarregada no Porto de Pesca para seguir nas embarcações e ser novamente carregada para os carros do outro lado da margem.
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