A tarefa principal do laboratório, inaugurado pelo Ministro da Saúde, Paulo Ivo Garrido, é de reforçar o sistema de vigilância sanitária, através de análises de rotina de alimentos e águas provenientes do serviço inspectivo do Ministério da Saúde.
Igualmente é sua atribuição conferir apoio técnico e realizar análises de alimentos e águas provenientes dos ministérios das Obras Públicas e Habitação e da Indústria e Comércio, indústria alimentar nacional e demais consumidores, com vista a melhorar a vida das populações.
Convidando aquelas duas instituições e demais interessados a recorrer aos serviços daquele laboratório de referência nacional, o Ministro da Saúde disse que é preocupação do governo assegurar que tenhamos capacidade laboratorial com qualidade para efectuar análises sem ter que recorrer aos países vizinhos. “O importante é que os moçambicanos se sintam protegidos quando consomem os produtos”, disse Ivo Garrido que, na ocasião, indicou que o próximo passo será a certificação e acreditação internacional dos serviços prestados por aquele laboratório, processo que já iniciou.
As doenças de origem alimentar, em particular as hídricas, têm um peso muito elevado nos problemas de saúde das populações. A título de exemplo, a cólera passou de uma doença sazonal para uma enfermidade endémica, causando muitas mortes e um enorme sofrimento das populações.
Apesar dos grandes esforços do governo visando melhorar o abastecimento de água, apenas 30 por cento das populações nas zonas rurais e 43 por cento nas urbanas é que tem acesso à água potável, aspecto que contribui para o aumento das doenças diarréicas e outras de origem alimentar. As más práticas de produção, manipulação e conservação dos alimentos, aliadas à comercialização desregrada constituem uma grande preocupação para as autoridades sanitárias moçambicanas.
A reestruturação do laboratório de saúde pública constitui uma das principais estratégias que o MISAU traçou na área de vigilância sanitária onde, de acordo com o titular da pasta do sector, enquadram-se outras medidas como a análise de água com uso de “kits” portáteis nos 128 distritos do país e o apetrechamento dos laboratórios provinciais de alimentos e águas.
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