![](http://susethoughts.files.wordpress.com/2008/12/2008-11-09-palacio-de-cristal-23-copia.jpg)
Como são tristes as tardes de Inverno....A folhagem se espalha por todo o chão numa mancha incolôr, os bancos permanecem vazios, tudo é simplesmente triste, ai me lembrei que neste momento quanta gente está sofrendo, será por nós que estais sofrendo, ou por você mesmo?!
O dia tem estado meio farrusco, sem chuva mas tembém sem sol, simplesmente um dia de Inverno.
Me levantei tarde não sei que raio me deu que só me apetece dormir, diziam os antigos que "quem muito dorme pouco aprende", mas eu também já devo ter pouco a aprender, no entanto nunca se sabe o suficiente.
Sei que me acham um pouco diferente, mas sou assim mesmo como certas Estações do ano, o meu sofrimento é causado por mim mesma, quantas vezes dou comigo chorando sem saber bem porquê, me irrito, me machuco sem querer, hoje lá se foi mais um prato da minha sogra tadinha, era bem velhinho e devia conhecer histórias fabulosas, algumas ainda cheguei a ouvir, como por exemplo uma vez que meu sogro chegou cos copos a altas horas da noite a casa, e já tudo dormia, e sabem do que se lembrou aquela alminha? Ligar o rádio, fazer levantar a velhota da cama, e obriga-la a dançar, e em pleno Inverno vejam só!... A filharada nas caminhas nem piava ehhehe.
O que já vivi nesta santa terrinha valha-me Deus, hoje dei uma pequena volta de carro e aproveitei para espreitar o que fora a minha casa de tabuínhas, que horror, nem as florinhas do campo escaparam...
Me lembro quando chegamos de África sem nada tivemos de deitar mão ao que aparecia, um fim de semana pedimos uma carripana a cair de pôdre e fomos vender melões para Peniche, achei aquilo ventoso como o caraças, o colchão era de palha bolas mal consegui dormir os dois dias, mas como se tinha vendido alguma coisa fiquei contente pensando levar algum para casa de meus sogros onde estavamos, mas azar o nosso, o carro tinha os pneus velhos e resolveu nos levar todos os trocados, chegando a casa de mãos vazias...
Depois arranjamos um negócio de peixe, tinha o sócio do carro, nós eramos sócios falidos, iam á lota comprar o peixe e vinham vendendo pelo caminho, e quando se faziam as contas ao fim do dia mal de nós só comiamos o peixe que sobrava, o tipo tinha um tique nervoso que estava sempre cuspindo, nesse dia as coisas não lhe tinham corrido bem, começou a gesticular e a cuspir, záz lá vai o carro de encontro a uma parede, e claro lá se foi o peixe que estava espalhado por Vale de Cavalos, mas foram os peixes e não os cavalos que se perderam, tudo voltou á estaca zero...
E agora xau quem sabe volto um dia destes
São Percheiro