Da minha janela posso ver a rua, hoje o dia está diferente de ontem bem mais triste, caramba já estava deitando fuguetes ora toma lá!
Ontem aproveitei para sair, já tinha arranjado o cabelo fui fazer as unhas, daqui ao salão da Alice são por ai 3 minutos. Tal como o café Lima Limão, este também é um pouco o meu salão, me sinto lá entre pessoas boas e divertidas, a Cristina é a menina das unhas, a Alice a dona do salão e sua ajudante Alda duas loiraças simpáticas.
As cadeiras modernas para lavar a cabeça mais parecem uns fundilhos onde me vejo grega para me segurar (elas riem), depois para sair fazem uma cadeirinha me fazendo sempre sentir á vontade, por acaso ontem estava lá um vendedor muito simpático que logo se ofereceu para me pegar ao colo, ai é que foi o fartote, pois ele me pegou como se fosse uma pena, então elas riam comentando, "pois a São hoje não almoçou para ficar mais levinha "...
Desde que me lembro de fazer as coisas pela minha cabeça, que havia duas coisas a que eu nunca faltava, arranjar o cabelo e as unhas, a roupa até podia ser de chita, e até hoje sou assim.
Gostei muito do artigo que a Elsa colocou na página, e como tenho seguido a novela Direito á vida, lembrei-me de falar um pouco sobre isto, e gostava que outras pessoas como eu me lessem, e se possível lhe passava algo de mim, da minha vivência.
É engraçado como temos de aprender a fazer tudo logo que chegue a altura, e depois, bem depois voltamos a ter de aprender novas táticas para que não fiquemos de braços cruzados, sem despertar a maldita caridade que tanto detesto.
Hoje ao ver a Luciana da novela me lembrei de mim...tudo se iniciou assim embora criança, depois o tempo foi passando, melhorando, e com a ajuda de varios aparelhos conseguia fazer tudo, até me encavalitar em cima dos armários heheeh.
Hoje o tempo passou, muitos anos volvidos e heis-me novamente aprendendo novas táticas para me defender e não ter de ir comer na "tigela de barro"...
Olho as dificuldades que hoje se me deparam, e logo engendro uma artimanha para fazer aquilo que normalmente já me custa.
Não julguem que estou triste ao falar disto, acho até que me sinto bem se com as minhas palavras for útil a alguém. Ás vezes quando estou cozinhando os talheres caiem, então pedi que me fizessem um ferro bem fininho cuja base tem de ser inóx para agarrar, e me sinto um pouco tipo Magaiver, se não consigo de uma forma terá de ser de outra não é verdade?
Para mudar de cadeiras e sair á rua, sertas engenhocas para ir aos nanitários públicos que como se sabe são uma vergonha, e assim me vou safando, e só espero que consiga até ao fim.
Um beijo de boa tarde a todos os meus amigos, quem sabe ainda vou beber um café.
São Percheiro