72 milhões de crianças em África não frequentam a escola
23 de Fevereiro de 2010, 18:54
A directora-geral da Organização da ONU para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, Irina Bokova, inaugura esta terça-feira, em Adis-Abeba, na Etiópia, uma conferência de alto nível sobre o impacto da crise económica na educação e os desafios da marginalização.
O evento de três dias contará também com a presença do chefe de Estado etíope, Meles Zenawi e do presidente em exercício da União Africana, Jean Ping.
Desafios Educacionais
Organizada pela agência das Nações Unidas, a reunião vai debater as conclusões do relatório "Educação para Todos-2010".
As discussões vão centrar-se no impacto da recessão global sobre a educação e os problemas que continuam a limitar o acesso de largas camadas da sociedade ao ensino.
Um painel vai também abordar os desafios educacionais em países que enfrentam situações de emergência, como o Haiti.
O relatório alerta que a crise financeira global ameaça privar milhões de crianças nos países mais pobres de educação. Segundo o documento, 72 milhões de crianças africanas não frequentam a escola.
Como consequência directa da recessão, o orçamento educacional na África Subsaariana poderá sofrer um corte de US$ 4, 6 mil milhões em 2010.
Ganhos Sociais
A Unesco indica ainda que uma combinação de pressões orçamentais, crescimento económico lento e aumento da pobreza poderá pôr em causa muitos dos ganhos sociais alcançados na última década.
A conferência da Unesco "Educação para Todos" foi estabelecida para fazer o seguimento anual do Fórum Mundial da Educação, realizado em Dakar, Senegal, no ano 2000.
Rádio ONU