Foi inaugurada, esta quinta-feira, dia 4, no Consulado Geral de Portugal em Maputo a exposição “Pancho Guedes – A Aventura da Arquitectura, o Desafio ao Formalismo”. O próprio arquitecto, que hoje conta com 85 anos, marcou presença e mostrou-se impressionado com o nível da exibição que explora quase todos os estilos de Pancho, o arquitecto que gostava de romper o formalismo e que deixou um enorme legado em Moçambique, principalmente na cidade de Maputo, onde residiu muitos anos.
Para a Cônsul Geral de Portugal em Moçambique, Graça Gonçalves Pereira, uma das grandes impulsionadoras do evento, a mostra “é um tributo a um arquitecto que deixou uma obra fantástica neste país. Ele dividiu a sua obra em 25 estilos e nós aqui limitámo-nos a reproduzi-los. Não estão todos mas quase.
Talvez uns vinte. A variedade é enorme desde palhotas no mato a grandes edifícios. Com esta exposição pretendemos levantar o véu para que outras iniciativas maiores tenham lugar e igualmente revelar a dimensão da obra a um universo que excedesse os que já a conhecessem e apreciam.”
O pintor Malangatana foi mais longe, sugerindo um espaço digno para que a enorme dimensão da obra de Pancho Guedes pudesse ser vista por todos. “Seria uma homenagem mais do que justa”, referiu.
Recorde-se que Pancho Guedes, que veio a Moçambique integrado na comitiva do 1º ministro português José Sócrates, tem projectados por todo o país cerca de 700 edifícios, tendo concretizado a construção de cerca de 400.
Refira-se ainda que a mostra irá estar patente até ao dia 1 de Abril.
Cristóvão Araújo
Sapo MZ