Há pouco mais de dez anos, quando Timor era palco da destruição provocada pelas milícias pró-Indonésia e em todo o mundo se multiplicavam as manifestações de solidariedade e o envio de ajuda financeira, Alberto João Jardim garantia que a Madeira não daria um tostão, que cada um se deve governar por si. No entanto agora, depois da tragédia que se abateu sobre a ilha, a Madeira vai contar com muita ajuda, de dentro e de fora, e, entre essa, com 750 mil dólares oferecidos pelo governo timorense. Não sei se os ecos dos dislates de Jardim terão nesses tempos idos chegado a Timor. Se sim, isto é uma bofetada de luva branca; se não, é apenas a demonstração do provérbio que afiança que pela boca morre o peixe.
Idalina