Caramba... como era feliz então
livre eu escrevia
na minha linguágem solta
tudo que sentia, as raivas contidas
as madrugadas perdidas
nas minhas páginas soltas!
Mas era livre, e como era fácil gritar
sem chorar, sem amarras
me amordaçando "não faças isto"
não vás para ali", como tudo era diferente, porque tudo era como eu
gente, gente sofrida
fazendo da vida um grito á madrugada
altivamente sem temores nada...
Caramba, quase escrevia sem ver
lia, sorria e sem medo voltava a escrever...
Carinhosa a imaginação
pegava na minha mão e dizia,
"vai nada é mais forte que tu...
E eu ia e assim cheguei aqui!
São Percheiro