O director da Fitch, Douglas Renwick, anunciou hoje um corte na avaliação da dívida pública portuguesa de «AA» para «AA-», mantendo a perspectiva negativa do rating português, referindo que a decisão é apenas um reflexo da deterioração das contas públicas.
A Fitch coloca Portugal num grupo que inclui também a Irlanda, a Itália e o Chipre, pior que Portugal, está a Grécia, Malta e a Eslováquia, e no topo da tabela está a Áustria, Finlândia, Alemanha, Luxemburgo, Holanda e Espanha, que têm o mais alto rating, que é o «AAA».
Quanto ao Programa de Estabilidade e Crescimento, Douglas Renwick disse que a Fitch considera que o plano pode ajudar o Governo a atingir as suas metas, mas que o fraco crescimento pode prejudicar estes esforços.
Com esta quebra na notação da dívida portuguesa torna-se previsível um aumento dos custos de financiamento do país no exterior. Estes custos vão-se repercutir nos custos dos empréstimos externos que os bancos contraem e, consequentemente na despesa das famílias quando contraem empréstimos bancários. |