Alua pequena povoação pertencente ao Distrito de Nampula, e seus agricultores que tal como meu pai cultivavam café, algodão, milho girassol, além claro das "famosas" galinhas do mato.
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Elas ai estão, altivas de sua beleza, esquecendo contudo que sua sorte está traçada!
Me lembro de ver os fazendeiros vestidos de balalaika e calção, não esquecendo o capacete que além de proteger do sol encobria algumas carecas, o que não era o caso do Sr. Percheiro.
Eu teria nessa altura 14 anos, pelo que serei uma pobre contadora de histórias... A casa era enorme, paredes brancas, teto e chão de madeira, cozinha com mesa comprida e bancos corridos onde na hora da refeição, os filhos só se sentavam quando o pai chegava. Lembro vagamente o que se comia, mas além da habitual mandioca que fazia as vezes da batata, e outros, tinhamos o Javali que meu pai em suas caçadas trazia para casa. Algumas vezes os tais "espargos", que eu sempre fazia a boa acção de por, sem que o pai visse, no prato de alguns dos manos que logo olhavam uns para os outros, não me querendo denunciar... Eu era "danadinha"!
Numa dessas noites em que o calor apertava, sentavamo-nos na varanda, nas cadeiras balanceiras, e as famosas redes, esperando o sono chegar. A certa altura fez-se noite, mas olhando para baixo, reparamos que era dia, então olhando para o alto reparamos que um enorme elefante estava mesmo ali, aos nossos pés... Pouco depois partia sem se virar,sempre em frente, a nossa sorte claro!
E assim vos deixo. Adeus África Minha!
São Percheiro