As crianças que seguem o exemplo de Pinóquio poderão ter cérebros que se desenvolvem mais depressa. Investigadores afirmam que não existe nenhuma ligação entre as mentiras da infância e a tendência de enganar enquanto adulto
Ser um pequeno trapaceiro pode querer dizer que a criança se tornará em alguém importante. As crianças que aprendem a mentir cedo, têm cérebros mais bem desenvolvidos, tornando-os mais habilitados para potenciais executivos e líderes.
Os especialistas acrescentam que aprender a dizer mentiras assinala um marco no desenvolvimento cognitivo. Um quinto das crianças desenvolve essa capacidade perto dos dois anos.
Mentir envolve inúmeros processos cerebrais, assim como a integração de fontes de informação e manipulação de dados, em proveito próprio. Está ligado ao desenvolvimento de regiões do cérebro que permitem um «funcionamento executivo» e o uso de maiores capacidades de raciocínio e argumentação.
«Os pais não devem ficar alarmados por as crianças dizerem mentiras» declarou Kang Lee, director do Instituto de Estudos Infantis da Universidade de Toronto.
«Praticamente todas as crianças mentem. Aquelas que têm um maior desenvolvimento cognitivo mentem melhor porque conseguem encobrir a mentira. Podem tornar-se melhores banqueiros mais tarde!»
A sua equipa testou 1 200 crianças entre os dois e os 16 anos. A equipa descobriu que a idade mais 'mentirosa' são os doze anos, quando praticamente todas as crianças dizem mentiras.
SOL