Conclusão foi alcançada no final de uma conferència patrocinada pela ONU em Dacar sobre formas de reduzir a desigualdade de género no acesso à educação; mais de 2/3 das crianças que não frequentam a escola actualmente vivem na África Subsaariana e sul e oeste da Ásia.
Investir na educação das raparigas é crucial não só para elas mas para a sociedade como um todo. Um tal investimento produz sociedades melhores e mais equitativas.
Esta é a mensagem central saída da conferência de Dacar sobre formas de reduzir a desigualdade de género no acesso à educação.
Agentes de Mudança
Durante quatro dias, especialistas em educação e representantes de governos, da sociedade civil e sector privado discutiram meios para evitar que 56 milhões de crianças, particularmente meninas, fiquem fora do sistema de ensino até 2015.
A reunião na capital senegalesa, que terminou esta quinta-feira, marcou o 10º aniversário da criação da Iniciativa da ONU para a Educação de Raparigas, Ungei na sua sigla em inglês.
Mais de 2/3 das crianças que não frequentam a escola actualmente vivem na África Subsaariana e sul e oeste da Ásia.
O professor de Sociologia da Educação na Universidade do Rio Grande do Sul no Brasil, Luis Armando Gandin, que participou na conferência, disse à Rádio ONU, de Dacar, que investimentos na educação das raparigas são uma forma de produzir agentes de mudança.
Taxas de Natalidade
"As meninas educadas produzem um efeito cascata contribuindo por exemplo para menos matrimónios precoes e contra a sua vontade, para uma diminuição das taxas de natalidade, e protegendo essas meninas de uma série de efeitos de sociedades em conflito. A conferência foi importante porque reforçou a necessidade de se continuar a investir na educação das meninas" afirmou.
Segundo dados da ONU, serão necessários US$ 16 mil milhões por ano para alcançar a meta de educação primária universal até 2015.
Rádio ONU