0h, gente da minha terra, como é bom, reencontrar-vos!
Foi, com este pensamento que cheguei, ontem, a Fátima, onde se realizou o encontro de amigos da Angónia, organizado, pela Lita Alho e pelo Zé Pinto, com a colaboração do António Reis, que estão de parabéns, foi um sucesso.
Aos abraços e beijinhos da chegada, sucedem-se as perguntas e há, sempre, notícias de quem já não volta mais, a toldar de tristeza, os primeiros momentos da festa.
Curiosamente, em todos os anos, tem havido quem apareça, pela primeira vez, movido, pela saudade a que foi perdendo a resistência, para alegria dos assíduos que, a cada ano, renovam o seu sentir de gente da Angónia, solidária e generosa, como só quem viveu, no mato, sabe ser.
Puxa-se, pela memória, surgem nomes, datas, recordações, histórias, sem fim e só o bailarico interrompe as conversas. Sim, que não há quem resista à marrabenta, que o diga a D. Joaquina Alho, nos seus noventa anos.
A animação esteve a cargo das “meninas”, algumas de capulana e tudo, com a preciosa colaboração do Júlio Coelho a quem não faltou alegria e boa disposição, ao contrário da maior parte dos “meninos” que não se levantaram das cadeiras.
A Rita e a Luisa Trindade, protagonizaram um momento lindo, ao entoarem um cântico tradicional da Angónia, um hino à vida, “Moyo”, com a participação de todos no refrão, “moyo, moyo”…
A tarde, já, ía avançada, quando começaram as despedidas, “tsala, tsalani bwino” e havia quem tivesse muitos quilómetros a percorrer, até Trás-os-Montes ou, ao Algarve.
É assim, todos os anos, mas não nos cansamos de repetir e para o ano, lá estaremos, no mesmo local, à mesma hora, no primeiro sábado de Junho de 2011.
Isabel