O recurso foi descoberto no terceiro furo efectuado pela Anadarko na bacia. Falta apurar-se a sua viabilidade comercial, mas a ministra diz que a expectativa é boa

A empresa americana Anadarko Petroleum Corporation descobriu a presença de petróleo na bacia do Rovuma. Trata-se da concretização do optmismo manifestado por peritos daquela empresa em Maio do ano passado, quanto à existência ou não deste recurso em Moçambique.

O petróleo foi encontrado a mais de cinco mil quilómetros de profundidade, porém falta apurar-se a sua viabilidade comercial.

De acordo com a ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias, o petróleo, associado ao gás natural, foi encontrado no terceiro furo, efetuado pela Anadarko, naquela bacia.

O primeiro furo desta empresa apenas detectou a presença do gás natural e no segundo os resultados não foram satisfatórios.

“Dissemos presença porque a empresa apenas fez três furos, de um total de seis que devem ser feitos, e só depois de completados (os seis furos) é que poderemos apurar o valor comercial deste recurso”, disse Esperança Bias.

Porém, a ministra garantiu que ainda este ano a empresa vai concluir os furos e poderá dar, deste modo, a tão almejada informação: a existência ou não do petróleo com valor comercial em Moçambique.

O petróleo foi descoberto na região entre os distritos de Palma e Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado, há 30 quilómetros da costa.

A Anadarko, que efectua pesquisas na bacia do Rovuma desde 2006, já investiu nas suas operações 300 milhões de dólares.

Boa nova numa conjuntura difícil
O anúncio vem numa altura em que o país se ressente dos custos dos combustíveis, no mercado internacional, situação que para além de originar a inflação provoca a depreciação do metical face às principais moedas transaccionadas no país – rand e dólar. É que o Governo, depois de ter congelado os preços dos combustíveis desde 2008, decidiu libertá-los, tendo subido em flexa e pressionando o poder de compra dos moçambicanos.

Embora tenha que se esperar alguns anos para a sua exploração, segundo Esperança Bias, ao se apurar a viabilidade comercial deste produto, Moçambique terá margem de manobra para estabilizar os custos dos combustíveis.

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