É um dos maiores roubos da década. PJ investiga desaparecimento de selos numa área restrita do Museu das Comunicações.
A Autoridade Nacional das Comunicações (ANACOM) foi alvo de um dos maiores furtos de que há registo em Portugal nos últimos anos. A entidade reguladora das telecomunicações viu desaparecer um conjunto de selos raros avaliados em 571 mil euros, estando agora o caso nas mãos da Polícia Judiciária (PJ), apurou o Diário Económico.
"A ocorrência a que se refere foi detectada em Maio de 2009, foi participada à Polícia Judiciária e está ainda em fase de investigação, pelo que não é oportuna a quebra de reserva", confirmou ao Diário Económico fonte oficial da Fundação Portuguesa das Comunicações (FPC), entidade à qual está entregue a guarda do enorme arquivo filatélico da ANACOM, avaliado em cerca de seis milhões de euros.
Os selos desaparecidos pertenciam ao espólio filatélico das antigas colónias portuguesas e estavam guardados no edifício-sede da fundação, na Rua D. Luís I, em Lisboa. O espólio, que continua a pertencer à ANACOM, foi cedido à FPC para exibição e divulgação ao público no Museu das Comunicações.
Esta foi a primeira vez que desapareceram selos na Fundação, mas os especialistas contactados pelo Diário Económico garantem que o furto de material filatélico valioso é frequente em Portugal, devido à relativa facilidade em retirar selos e outras peças de arquivos públicos.
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