António Espadinha é o autor deste livro, com prefácio de Vera Jardim, que dedicou aos seus companheiros do Batalhão de Artilharia 562.
A nostalgia de África faz com que, o oficial expedicionário do Exército Português, revisite as suas memórias, quarenta anos depois, da sua estada, de 1964 a 1965, em Tete, para as partilhar, com os amigos e todos os que, como ele, se apaixonaram, um dia, pelas terras do Zambeze.
Dotado de uma grande sensibilidade, António Espadinha deslumbrou-se, com a beleza da nossa terra e de uma forma eloquente, descreve-a, na contracapa do livro, num, texto que é uma promessa de amor, eterno, à nossa cidade.
A leitura deste livro faz-se de um folgo, tal é a ansiedade do reencontro, com o nosso passado. A sã convivência dos militares, com a sociedade civil é retratada nas histórias em que, são intervenientes pessoas que, conhecemos, tal como o Dr. Paz, a D. Rosa, cantineira da Casula e até, o João Mainato e a Rosa Gorda.
Emocionei-me, até às lágrimas, com o relato de algumas situações, de maior dureza, ao colocar-me no lugar daqueles jovens. O abraço, com que o António Espadinha se despediu do Gabriel, prisioneiro, no quartel, por se suspeitar de pertencer à Frelimo, levou-me a dizer, para mim:
- Parabéns, Espadinha, que belo testemunho de respeito, pelo ser humano! Como lamento, que nem todos os militares portugueses que passaram por Moçambique, não tivessem a tua integridade moral.
O dia a dia, no quartel e as missões, no exterior são recheados de histórias marcadas, pela irreverência da juventude, contadas, com grande sentido de humor, de que é exemplo, "o jeep, com perna de pau".
Recomendo-vos, vivamente, a leitura deste livro.
Isabel
Nota: A edição de DOIS ANOS EM TETE é da responsabilidade do autor, pelo que, quem estiver interessado em adquiri-lo, o deverá contactar, directamente, ou através, deste espaço.
Argomento precedente
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