Presstur 29-09-2010 (13h15)
O Hotel Serena Polana, na capital moçambicana, Maputo, "está a viver a sua segunda vida", após um investimento de 25 milhões de dólares (cerca de 18,37 milhões de euros) para restituir "o esplendor, luxo e glamour dos seus tempos áureos" a este "ícone intemporal de todo o continente africano", que abriu as suas portas a 1 de Julho de 1922.
O Polana, destaca um comunicado dos seus novos proprietários, o Aga Khan Fund for Economic Development (AKFED), posiciona-se depois de 21 meses de obras de requalificação "como um hotel de cinco estrelas de luxo supremo de prestígio mundial".
Do edifício que abriu a 1 de Julho de 1922, mantém-se a histórica fachada. De resto, todo o hotel sofreu intervenções, da entrada, lobby, bar, salão de baile, restaurantes, bar e quartos, dotando-o "de um estilo que elogia as suas raízes africanas, a herança portuguesa e as influências exóticas dos países do Índico".
O projecto de reabilitação previu a eliminação dos quartos no piso zero, "para introduzir novas facilidades para os hóspedes" e o hotel conta agora com142 quartos.
A oferta do hotel inclui ainda bares, restaurantes e salões de baile. A zona de chegada está a ser alvo de um projecto de arquitectura paisagística, que prevê "novos ajardinamentos", a racionalização do estacionamento, fontes e esculturas.
O lobby lounge apresenta agora uma zona de recepção mais espaçosa, que mantém "muito do ambiente original". Chão com mistura de três cores de granito polido, tectos simplificados com uma grande abóbada, entre as zonas mais baixas e a recepção, um "intrincado trabalho de marcenaria dos balcões da Recepção & Concierge, com espelhos biselados em grande evidência" caracterizam a entrada do hotel.
Para lá do lounge, uma série de arcos muito abertos "emolduram uma colecção de mobiliário antigo proveniente de vários pontos do oceano Índico, que lhe dão o aspecto de uma colecção particular de um grande aventureiro", "tapetes estampados e com cores vibrantes", "tecidos exóticos e vibrantes entre as janelas dos arcos".
O bar principal, o Polana Bar, que manteve a sua anterior localização, recria a atmosfera de um clube, "reflectindo as influências portuguesas e a história de Maputo", com fotografias da história do Polana e azulejos embutidos na madeira esculpida da frente do bar e das suas colunas, mantendo o piso da década de 1920, feito de mosaicos em tons creme e azul-escuro e com abertura para o terraço.
Os famosos cocktails, uma grande variedade de charutos e refeições leves ao longo do dia são encontradas no bar.
Já o Aquarius Bar, separado do hotel principal, num pavilhão independente é totalmente aberto de todos os lados e apresenta painéis em persiana de teca, tecto de madeira apainelada, com grandes ventoinhas, balcão em granito azul-escuro, e mobília predominantemente de madeira, combinando os conjuntos de mesas e cadeiras com mesas e sofás.
Sushi, sumos naturais, coktails, são algumas das ofertas deste bar, que também serve de apoio à piscina.
O Salão de baile, originalmente construído e decorado na década de 1920, "foi devolvido à imagem da sua antiga glória, com molduras na parede pintada e colunas de mármore falso".
Painéis de vidro biselado, espelhos fixados nos lambris originais, janelas circulares superiores, grandes candelabros de vidro, colunas adornadas por "tecidos de seda exóticos e de cores vibrantes", espaços de lounge e terraços, compõem este espaço.
As duas ofertas de restauração do hotel oferecem experiências diferentes.
O Restaurante Principal, Varanda, "com vista sobre o oceano Índico, parece-se com a cozinha de uma mansão", com colunas parcialmente revestidas com cerâmica moldada, tectos com vigas de madeira, esculpidos e pintados, uma mesa de buffet frio como "uma reminiscência da mesa de madeira sólida no centro da cozinha, completa com utensílios e provisões" e o buffet quente "ao lado da mesa central, aludindo ao passado com armários de cozinha e bancadas de trabalho, com portas de madeira e azulejos nas paredes".
Com capacidade para 124 lugares, metade dos quais na varanda que dá nome ao restaurante, o espaço promete ser "famoso pelos seus buffets temáticos e cozinha ao vivo". Além de ser também a sala de pequenos-almoços, o Varanda "manterá a tradição de salão de chá, com uma grande variedade de pastelaria e uma selecção variada dos melhores chás do Mundo".
O segundo restaurante, Delagoa, destina-se às "especialidades", servindo "só e exclusivamente a cozinha francesa mais refinada pelas mãos do premiado com 2 estrelas Michelin, Chef Edouard Loube". Com capacidade para 48 lugares o espaço, refere-se "a um período áureo em que tudo parecia possível, na viragem do século XX" onde a Arte Nova apresenta "toda a sua singularidade", com "tapeçarias com padrões característicos e os lambris de gesso modelado", arabescos pintados na parede, peças de mobiliário feitas à medida, candeeiros típicos do período, e biombos de madeira com vitrais decorativos.
Os quartos do edifício principal apresentam um ambiente "de luxo", num estilo "sobriamente sumptuoso e com referências românticas ao design afro/indo-português" e apresentam móveis de mogno "exoticamente esculpidos", tecidos em tons neutros de creme e branco-sujo.
O Maisha Spa é outra das ofertas do hotel, com quatro "luxuosas salas de tratamento", uma Suite VIP concebida para casais, um lounge de relaxamento e um health bar, com sumos e frutas naturais e chás seleccionados.
O hotel "incorpora a hospitalidade africana e a excelência no serviço", e foi feito um investimento de cerca de 300 mil dólares na formação de recursos humanos, na "grande maioria locais", em técnicas de relações interpessoais, comunicação, e diferentes áreas e vertentes técnicas, bem como em "aulas intensivas de Inglês.