“Sonhadores”, que é precisamente a abordagem de um problema local e universal, foi inspirado na vida de milhões de moçambicanos e gentes de outras latitudes pelo mundo fora e nos oito compromissos firmados pelos líderes mundiais naquela que ficou conhecida como a Cimeira do Milénio, a Assembleia-Geral das Nações Unidas de 2000. Entre esses Chefes de Estado e de Governo do Mundo, incluindo o ex-Presidente Joaquim Chissano, que foi o porta-voz dos moçambicanos nessa reunião magna da ONU.
Numa coreografia de David Abílio, que combina muitas danças do nosso património cultural, teatro e música, para além recorrer à comunicação multimédia, os artistas da CNCD falam da erradicação da pobreza extrema e da fome, alcançar a educação primária universal, promoção da igualdade do género e capacitação das mulheres, redução da mortalidade infantil, melhoria da saúde materna, combate ao HIV/SIDA, malária e outras doenças, assegurar a sustentabilidade ambiental e desenvolvimento de uma parceria global para o desenvolvimento, que constituem as oito metas que os líderes mundiais acordaram tornar realidade até 2015.
Os amantes da dança na capital do país – e todos aqueles que se identificam com as metas do milénio – poderão assistir à esta obra numa sessão gratuita e inclusa nas comemorações dos 31 anos da CNCD bem como do dia das Nações Unidas, que se assinalam este mês.
“Sonhadores” é uma montagem cénica com muito calor, cor e movimento, demonstrando o ímpeto dos bailarinos, com o condão de preservar o papel educador que caracteriza a companhia. Este rigor colocou o grupo como a grande referência cultural do país a nível internacional.
“Sonhadores” foi criado para, mais do que divulgar as metas estabelecidas pela ONU, mobilizar os cidadãos nacionais e não só para que participem na sua materialização, independentemente do seu estatuto.
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