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Este mercado potencial gigantesco é o da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC na sigla inglesa) que integra países como a África do Sul, Angola e Botswana, entre outros. A ideia de aproveitar Moçambique como porta de entrada para este mercado de 250 milhões de consumidores é já quase o slogan da CCMP que, na sua primeira conferência - em inícios de Setembro, por ocasião da Feira Internacional de Maputo, onde estiveram presentes vários empresários portugueses - também lançou o isco com o mesmo tema. De facto, embora o primeiro objectivo da CCMP, criada em maio deste ano, seja de estreitar os laços comerciais entre Moçambique e Portugal, a verdade é que os investimentos portugueses em Moçambique têm prioridade. E neste termos, desde a primeira conferência, que a Câmara de Comércio Moçambique - Portugal decidiu que a melhor forma de atrair investidores era através da bandeira da SADC.
Daniel David, presidente do Conselho Directivo da Câmara de Comércio Moçambique – Portugal, espera que a conferência de Lisboa realce Moçambique como “um mercado em crescimento, diversificado, com recursos inexplorados e estrutura demográfica favorável, e num contexto regional com 250 milhões de consumidores”.
O evento terá a parceria da Associação Industrial Portugal - Confederação Económica, do lado português, e da Confederação das Associações Económicas (CTA), de Moçambique, e será acompanhado pela delegação de 40 empresários moçambicanos, que esperam firmar parcerias com empresas portuguesas. Segundo Daniel David prevê-se a presença de mais de 200 decisores económicos no evento.
Na agenda da conferência, destacam-se a intervenção de Jorge Rocha de Matos, presidente da Associação Industrial Portuguesa (AIP-CE), que vai fazer a abertura do evento. Depois seguirá a primeira sessão, na qual o director-geral do Gabinete das Zonas Económicas de Desenvolvimento Acelerado (GAZEDA), Danilo Nalá, apresentará o tema “Moçambique: Economia e Oportunidades de Investimentos”. Na segunda sessão, Salimo Abdula, presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) vai falar de “Moçambique: Porta de Entrada para a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC)”.
O presidente da CTA considera que “Moçambique oferece uma posição geo-estratégica muito importante, senão uma das mais importantes da região. Somos banhados por uma costa de mais 2 700 Km de Oceano Índico, com uma vizinhança que depende dos portos e caminhos-de-ferro moçambicanos. Aqui, estamos a falar do sector de infra-estruturas e Portugal tem esta oportunidade de, com os moçambicanos, poder fazer negócios viáveis”.
A missão empresarial de Moçambique já visitou o salão Imobiliário de Lisboa, o Embaixador de Moçambique em Portugal, a Companhia de Conservas Alimentares, SA – Compal, que já mostrou interesse em se instalar em Moçambique. Ontem, visitou a empresa Oliveira da Serra e os Vinhos Couteiro-Mor. Hoje [27 de Outubro] irá à inauguração da Delegação da Câmara de Comércio Moçambique – Portugal erm Lisboa.
Para quinta-feira está marcada uma visita à feira “Portugal Exportador 2010”. E por fim, na sexta-feira, há uma visita ao Município de Loures - geminado do município da Matola, cujo presidente faz parte da comitiva moçambicana -, ao MARL – Mercado Abastecedor de lisboa onde está a maior instalação urbana de energia Fotovoltaica do mundo, e uma bolsa de contactos com empresários de Loures e da comitiva Moçambicana.
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