Paz Catruza, director provincial dos Transportes e Comunicações em Tete, informou ao nosso jornal que as medidas visam disciplinar os transportadores semi-colectivos de passageiros, que não cumprem as suas obrigações e responsabilidades em várias estradas, com destaque para as de trânsito intenso.
Aquele responsável apontou que o trabalho será intenso até ao fim do ano nas rotas do corredor Calomue/Ulónguè, Zóbuè/Tete/Changara e Cuchamano/Tete/Cassatiza, junto à fronteira com a Zâmbia, assim como Tete/Chitima/Mágoe e Mecumbura, onde o tráfego de circulação de viaturas é acentuado.
“Estamos a efectuar uma revisão de toda a documentação desde a licença para transporte semi-colectivo de passageiros e carga, estado das viaturas, lotação e outras componentes. Nesta ofensiva parqueamos alguns carros que apresentam vários problemas, desde anomalias técnicas, má conservação, pneus careca, entre outros que propiciam a sinistralidade nas vias públicas”, concluiu Catruza.
Entretanto, na cidade de Tete a polícia municipal, em coordenação com a Direcção Provincial dos Transportes e Comunicações, iniciou recentemente uma campanha de fiscalização nas várias rotas em que circulam transportes semi-colectivo de passageiros para combater o encurtamento de rotas.
César de Carvalho, presidente do Conselho Municipal da cidade de Tete, referiu que a medida está enquadrada numa série de eventos para disciplinar os transportadores nas rotas definidas nas suas licenças.
“Os transportadores, na sua maioria os que actuam do lado esquerdo do rio Zambeze, não atravessam a ponte para deixarem os passageiros nas terminais alegando constrangimentos na travessia da ponte Samora Machel, em reabilitação desde Março de 2009. Esta justificação é uma farsa porque outros transportadores honestos alcançam as suas terminais no centro da cidade”, sustentou.
O edil de Tete afirmou ainda que estes transportadores, sobretudo os que fazem a rota Vila de Moatize/cidade de Tete, cobram na totalidade a taxa de passagem mas não chegam ao destino do passageiro, obrigando as pessoas a efectuarem travessia da ponte a pé.
César de Carvalho, explicou ainda que num encontro com os transportadores, na semana passada, estes atiraram as culpas aos motoristas e para o estancamento do problema foi anunciada a realização de uma operação em todas as rotas para a tomada de medidas punitivas aos infractores.
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