Cooperação em defesa e segurança entre os dois EstadosAcertos na área da defesa e segurança juntam Filipe Nyusi e o seu homólogo malawiano. Incidente de Ngaúma e navegabilidade nos rios Chire e Zambeze podem ser “tocados” no encontro. Depois de semanas de troca de acusações mútua, onde se assistiu ao extremar de posições em torno do projecto de navegabilidade dos rios Zambeze e Chire, Moçambique e Malawi voltaram a sentar-se à mesa negocial. Não para discutir o projecto de navegabilidade, já que este deverá reunir, nas próximas semanas, a comissão mista, mas, sim, para analisar a situação política e de segurança, já que os dois países partilham fronteiras.
Com efeito, uma delegação moçambicana chefiada pelo ministro da defesa de Moçambique, Filipe Nyusi, a qual também faz parte o vice-ministro do Interior, José Mandra, encontra-se desde ontem no Malawi para, juntamente com a contra-parte malawiana, liderada por Davies Katsonga, ministro da defesa, avaliarem o grau das relações de amizade e cooperação no domínio da defesa e segurança.
Incidente de Ngaúma
Na verdade, antes de despoletar a crise diplomática por conta do projecto de navegabilidade dos rios Zambeze e Chire, já no ano passado, os dois países haviam-se envolvido numa crise de menor dimensão, mas que, certamente, será aflorada nesta reunião por ser deste domínio. Trata-se da polémica levantada em torno de um alegado ataque perpetrado por forças de defesa e segurança malawianas contra a sua congénere moçambicana no posto fronteiriço de Ngaúma, no Niassa.
Aliás, consta do comunicado enviado ao “O País” que o encontro de Lilongwe fará o balanço do cumprimento das recomendações da quarta sessão realizada na capital moçambicana, de 31 de Agosto a 2 de Setembro de 2009, o que não oferece dúvidas que o incidente de Ngaúma fará parte das agendas do debate.
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