Vendedores informais arriscam a própria vida e a dos clientes vendendo os produtos dentro ou próximo da lama. O mercado Xiquelene é um dos reflexos da chuva que cai na cidade de Maputo, desde a noite de ontem.
A chuva que cai na cidade de Maputo, volta a colocar a nu o crónico problema de saneamento. Nos bairros periféricos a chuva de quando em vez dá tréguas, mas a lama ficará por muito mais tempo.
Os mercados informais, como o da Praça dos Combatentes ou Xiquelene são o triste reflexo das precipitações que se registam na cidade de Maputo, desde a noite desta terça-feira. É para este local que muitos vendedores vieram, na sequência da reabilitação e requalificação do local.
As condições de higiene são simplesmente deploráveis. Os carros que por ali passam levantam a lama até aos produtos, tal é o caso de pão. Mesmo assim, os vendedores e clientes não trocam este local por nenhum outro.
Apesar do cheiro nauseia abundo, alguns vendedores passam as suas refeições enquanto aguardam a chegada dos clientes que não são poucos. Reconhecem que vender neste local e passar refeições é um atentado à saúde, mas dizem não ter outra alternativa.
Dizem pagar uma taxa diária de sete meticais, o que lhes faz acreditar que a actividade neste local é legal.
E porque o mal não vem só, os vendedores denunciaram as alegadas cobranças ilícitas por parte dos agentes da Polícia Municipal. Dizem contribuir valores que chegam a atingir 300 meticais para garantir a venda nos locais impróprios.
Este é um assunto que a reportagem da TIM promete trazer mais detalhes nos próximos serviços noticiosos.
Fonte: TIM
Data: 10/11/2010