Segundo a SAHRC
Estudos da Comissão Sul-Africana de Direitos Humanos (SAHRC) revelam que apesar de tentativas para “curar as feridas” deixadas pelo regime do apartheid, a África do Sul continua a ter baixos níveis de confiança, altos níveis de desigualdade e injustiça social entre as diferentes raças. Vincent Moaga, porta-voz da SAHRC, disse, citado pelo “News24”, que “apesar do apoio de uma constituição progressiva e várias tentativas louváveis de reconciliação, os níveis de confiança continuam baixos, e isto é resultado, em grande medida, dos elevados níveis de desigualdade e injustiça que prevalecem no país”.
Falando no âmbito do Dia da Reconciliação assinalado ontem, Moaga disse que os sul-africanos devem se questionar se realmente têm se esforçado em criar um país que reflecte as vontades e aspirações de todo o povo que nele vive. Segundo acrescentou o porta-voz, a confiança é um pressuposto para a união, que contribui para a integração social e criação de uma harmonia entre todas as pessoas.
A SAHRC concluiu, a partir de interacções a vários níveis sociais que, apesar do racismo institucional ter sido proibido, “profundos níveis de racismo” prevalecem na sociedade sul-africana. “A conduta desumana e racista nas comunidades de farmas continuam a níveis preocupantes, e revelam que os negros continuam dependentes dos seus empregos e da existência dos brancos”, relatou Moaga.
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