Confesso que é com uma certa tristeza sem querer ser hipócrita que te escrevo esta carta de despedida...escrita não no verde da esperança o que quer dizer que não sou tão mázinha como sempre me julgaste e condenaste!
Tens feito muito mal por onde tens passado, será que julgavas que não vive quem na vida já viveu? Julgavas dentro desse teu mundo que passou de dono e senhor que o amor não passaria?! Sempre te julgaste um Deus sempre chegando adeantado para provares que a tragédia podias impune semear, sem que um dia tivesses de pagar por isso...
Que importa, quem se importa com aqueles que já não conseguem andar? Tu certamente que não, por onde tens passado apenas deixas rastos de dor tragédia desilusão, e não serei eu que terei poder para te dar a mão, e dizer fica, não, conforme vieste vai, quantas vezes te dei minha mão direita para não chorar e que fizeste? Nada apenas uma mão tremendo e uma dor que podias ter evitado! Não só a mim mas a todos que caminhavam a teu lado.
Acabou-se teu reinado, como vês tudo acaba, e só deixas pena nada mais.
São Percheiro 31 de Dezembro de 2010