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De: mayrameireles  (Mensaje original) Enviado: 16/01/2011 17:01

Natal, 16 de Janeiro de 2011

A graça de ser “potiguês”

 
Todo caso de sucesso tem a sua história e a do bugueiro Kadmo Nonato tem a sua dose engraçada e insólita. Com mais de 50 mil exemplares de livros vendidos em Natal, o “Dicionário de Potiguês” figura ano após ano, no topo da lista dos mais procurados nas livrarias potiguares. Segundo o autor da façanha, o segredo está no preço e no formato. É um livro realmente de bolso e custa no máximo R$ 4,00. Mas ele garante que o trabalho não é brincadeira: “o dicionário tem muito de nossa cultura. É preciso ser levado a sério,
 
A história do autor começa nas dunas de Natal, quando a Ponte Newton Navarro ainda não existia. Kadmo e os amigos bugueiros, acompanhados por dezenas de turistas, ficavam aglomerados na balsa usada para atravessar o Rio Potengi (Ribeira – Redinha). No meio de um papo e outro com os colegas chegou um turista e disse: “não me levem a mal não, mas vi vocês conversando e não entendi quase nada”. Naquele momento Kadmo se deu conta de que existia um português próprio dos potiguares.

Como estava confeccionando cartões de visita, o bugueiro decidiu colocar algumas expressões tipicamente potiguares e os seus respectivos significados. O cartão de visita tornou-se um minilivro. A introdução era a seguinte: “ao chegar em Natal, não fique encafifado nem faça pantim para ir embora, o jeito de falar do frivião de gente daqui é o bicho. Não se avexe, já ajudei um mangote de gente porreta que nem você a sair dessa corrida de ganso. Esse dicionário é arretado, pois vai desfazer o furdunço que ficou em sua cabeça e nenhum baitola vai mais caningar você”. Além do texto descrito, Kadmo acrescentava o e-mail e o telefone. “A ideia era tão criativa, que os meus concorrentes pediam o meu cartão de visitas, para entregar aos turistas”, disse o bugueiro.

No endereço bem difundido pelo cartão de visitas começaram a chegar vários outros verbetes e seus significados. “Tinha palavras esquisitas, como achinchelar, que eu ouvia, mas não sabia o significado. O jeito foi partir para uma pesquisa”, contou. Embora muitos dessas falas estejam registradas em livros de autores como os de Tarcísio Gurgel (A Geringonça do Nordeste, de Clementino Câmara) e de vários outros autores, Kadmo disse que as expressões ele foi buscar não numa pesquisa bibliográfica, mas em campo mesmo.

Perguntando a um e a outro se alguém tinha ouvido falar em tal palavra. Com um número razoável de palavras coletadas, Kadmo resolveu fazer um livro. A primeira tiragem foi de mil exemplares. Sem muito tino para negócios, Kadmo colocou os livrinhos embaixo do braço e foi direto para as lojinhas de artesanato. Parou na primeira, ofereceu o “Dicionário de Potiguês”, mas a resposta foi inesperada: “aqui a gente não vende essas porcarias não”. Desiludido, arquivou as impressões.

Matéria em TV ajudou autor a vender livreto

Como não é possível esconder por muito tempo um livro como o Dicionário de Potiguês, Kadmo virou matéria de televisão e foi para no Jornal Hoje, exibido pela Rede Globo. Com a repercussão, os livrinhos foram desentocados e o bugueiro foi tentar distribuí-los mais uma vez, inclusive numa loja ao lado da que tinha ouvido o desaforo. “O danado é que recebi uma ligação da loja que aceitou e a mulher disse que a vizinha dela também queria vender. Aí aproveitei para responder: não vendo meus livros para porcarias não”, relembrou Kadmo, em meio a risadas.

Daquele momento em diante, o livro teve uma procura muito grande. Em alguns estabelecimentos eles esgotavam em menos de um dia. As livrarias se interessaram e o dicionário conquistou o lugar do mais vendido. “Pensei que vendia bem, por ser novidade. Mas desde 2004 que estou no mesmo ritmo. Ontem mesmo fiz a encomenda de mais cinco mil exemplares”, comemorou o autor. Kadmo brinca que os colegas o apelidaram de “Kadmo Coelho”, por ser o best-seller potiguar.

Outros modos

Além dos verbetes, o Dicionário de Potiguês traz ilustrações divertidas e a seção “Escolha do nome do seu bebê”. Nesta seção figuram os nomes reais de alguns potiguares. Estão lá os curiosos Ascendina, Belizário, Charliosvaldo, Gomilda, Izabenildo, Jucicleidislene, Ludcleide, Marisuneide, Odrolnice, Richarlisson, Kadmo, todos devidamente registrados em cartórios do Estado. “Aqui o povo tem mania de combinar o nome da mãe, com o nome do pai. Quando já não dá mais, eles batizam os filhos com nomes de trás para frente”, conta o pesquisador-bugueiro.

A próxima edição do Dicionário de Potiguês vai trazer também algumas doenças comuns na região e outras universais, que aqui ganharam uma nomenclatura mais caseira. Bicho de pé, mulera mole são algumas das “mazelas”, que já tem lugar garantido. Além do Dicionário de Potiguês, Kadmo oferece ao público outro livro de bolso, contendo algumas expressões tipicamente potiguares.

alguns nomes

Abigobel – lesado

Leso – sem atenção

Boyzinha – menina novinha

Borréia – sem qualidade

Cangapé – capotagem

Escanchado – montado em algo

Estribado – rico

Folote – folgado

Frechado – chato

Goipada – cuspida

Grear – zombar de alguém

Milacria – o que não presta

Caviloso – astucioso

Reiou-se – complicou-se

Ruma – grande quantidade
 
Por: Maria Betânia Monteiro - Repórter do Jornal Tribuna do Norte
 
                                        
E eu,  partilho a reportagem,  desejando a todo Café Zambeze
uma Feliz Semana.
Beijinhos,
Mayra


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De: isaantunes Enviado: 16/01/2011 18:19
Mayra, Adorei, obrigada. Beijinhos. Isabel

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De: isaantunes Enviado: 16/01/2011 18:19
Mayra, Adorei, obrigada. Beijinhos. Isabel

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 4 de 4 en el tema 
De: mayrameireles Enviado: 16/01/2011 19:02
Explicação da palavra POTIGUAR Potiguar (potiguares no plural) é uma denominação dada a quem nasce no estado do Rio Grande do Norte (assim como norte-rio-grandense ou rio-grandense-do-norte). Potiguar ou potiguara é o nome de uma grande nação tupi que habitava a região litorânea do que hoje são os estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba. Em tupi quer dizer "comedor de camarão"; vários descendentes da tribo dos potiguares adotaram, ao serem submetidos ao batismo cristão, o sobrenome Camarão, sendo o mais famoso deles o combatente Felipe Camarão, e sua esposa, Clara Camarão


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