Esta era a casa vazia onde um dia entrei e como sombra vaguei por imensos corredores humidos e frios, onde a falta dos corpos outrora circulando iam dando vida a todo aquele casario.
Para lá da cerca lindas e coloridas flores cheiram a vida, se fazendo ouvir de mansinho um som talvez de Mi vinha do piano mudo, onde mãos outrora esguias macias faziam sair sons miraculosos enchendo aquelas paredes frias...
Nas paredes longas do quarto comprido, vinham como que risos envergonhados de tantos sonhos ali vividos.
No toucador um perfume suave emanava do cheiro de novos amores que se faziam sentir dando nova vida onde outrora olhos cor de mel deixavam vislumbrar como teria sido belo aquele casario tanto tempo vazio...
Novamente um cheiro de fantasia ia por certo dar cor ao rosto pálido tanto tempo adormecido, um aroma suave se faz sentir, era o renascer daquela casa tanto tempo vazia, hoje com cheiro de alegria.
São Percheiro conti. da Casa Vazia Janeiro 2011