03/02/2011
O governo moçambicano reafirma que as obras de construção da segunda ponte sobre o rio Zambeze, na província central de Tete, vão arrancar ainda no decurso de 2011 e durar entre três a quatro anos.
O custo da nova ponte, a seis quilómetros a jusante da Ponte Samora Machel, está avaliado em mais de 70 milhões de euros a serem desembolsados pelo governo moçambicano e parceiros de cooperação.
Francisco Pereira, Vice-Ministro das Obras Públicas e Habitação, que revelou o facto hoje, em Maputo, disse que uma concessionária irá construir e garantir a respectiva manutenção das infra-estruturas, por um período de 30 anos.
Para o efeito, está já fase conclusiva o projecto final da ponte com cerca de dois quilómetros de extensão, que estabelecerá uma ligação entre a cidade de Tete, capital da província do mesmo nome, e a Vila Municipal de Moatize, que vai virar, nos próximos tempos, o maior centro de mineração carbonífera do país.
Além da nova ponte, está igualmente prevista a construção de 16 quilómetros de estrada nos dois lados do leito do Zambeze, assim como um dique de protecção das minas de carvão em Moatize.
A manutenção destas rodovias, incluindo da nova ponte, estarão a cargo da concessionária, bem como as estradas que vierem a ser construídas naquela província durante esse período. Assim, fica evidente que Tete passará a contar, nos próximos tempos, com portagens nas suas estradas.
A finalização das obras da nova ponte vai, segundo o vice-ministro, reduzir drasticamente o elevado volume de carga manuseado actualmente sobre a Samora Machel, aliás basta referir que passam diariamente sobre a infra-estrutura 800 camiões de carga diversa para os países da região, com uma tendência crescente.
“Quando as obras de construção da ponte estiverem concluídas todo o volume de carga passará para a nova ponte ficando para a ponte Samora Machel o só o trânsito de veículos ligeiros e peões”, disse Pereira, acrescentando que a medida contribuirá para uma maior longevidade da recém reabilitada infra-estrutura.
A fonte disse, por outro lado, estarem em curso os trabalhos de preliminares que consistem, entre outros, no posicionamento da diversa maquinaria a ser usada no decurso dos trabalhos de edificação da ponte.
Reabilitação da Ponte Samora Machel garante mais 30 anos de vida
Entretanto, o Vice-Ministro das Obras Públicas e Habitação, Francisco Pereira, afirma que as recém concluídas obras de reabilitação da Ponte Samora Machel, província central de Tete, em Moçambique, reaberta ao tráfego rodoviário desde o último domingo conferem àquela importante infra-estrutura económica um tempo de vida estimado em 30 anos.
A reabertura da majestosa ponte ao fluxo normal de veículos de todas as categorias marca o fim de um período tortuoso de restrições, em que a travessia era feita de forma condicionada, isto é, 30 minutos para cada um dos sentidos, à entrada e saída da cidade de Tete.
Segundo Pereira, o termo das obras iniciadas em Março de 2009 e que absorveram pouco mais de 700 milhões de meticais (o dólar equivalente a cerca de 32 meticais) vai restituir a “saúde e fisionomia” daquela urbe, dado que os camiões de carga com destino ao Malawi, Zâmbia e Zimbabwe formavam filas muito longas que perturbavam a habitual tranquilidade.
“O elevado fluxo de camiões constituía um autêntico sufoco a cidade de Tete, caracterizado por longas filas de camiões que esperavam a vez para atravessar a ponte”, explicou o governante.
No entanto, porque não se podia interromper o tráfego rodoviário, dada a importância da ponte para as economias da região, as obras de reabilitação, que consistiram na substituição dos cabos pendurais e os de rigidez bem como várias outras intervenções, tiveram de ser feitas condicionadamente.
As intervenções na ponte, com cerca de um quilómetro de comprimento, compreendiam além da parte dos cabos mas também o asfalto ao piso, pintura das partes metálicas, a colocação de luzes de iluminação e as luzes decorativas e, finalmente, a respectiva pintura para dar outra estética e mais vida a gigantesca infra-estrutura, por mais 30 a 40 anos.
“O trabalho foi feito conforme o previsto e a partir de 30 de Janeiro a ponte foi reaberta ao tráfego que é feito agora sem restrições”, disse Pereira, acrescentando que não há limite no volume de carga a manusear sobre a ponte, tanto é que ela está em condições de suportar camiões transportando até 48 toneladas de carga.
Segundo o vice-ministro das obras públicas, a ponte Samora Machel escoa diariamente uma média de 800 camiões de carga diversa com uma tendência crescente, mas que será aliviado substancialmente após a conclusão das obras de construção da nova ponte sobre o rio Zambeze nos próximos três a quatro anos.
Aliás, desde a reabertura da ponte no último domingo as longas filas de camiões nos dois sentidos da ponte pura simplesmente deixaram de existir, para o gáudio dos residentes que estavam expostos a vários perigos, com destaque para o HIV/SIDA pelo facto de a cidade ter-se tornado local de escala das longas viagens dos camionistas.
(RM/AIM)
http://www.radiomocambique.com/rm/noticias/anmviewer.asp?a=6974&z=107 |