De: percheiro (Mensaje original) |
Enviado: 15/02/2011 17:59 |
Esta é o começo de uma linda história de amor Consta que Elizabeth teve uma infncia relativamente feliz; brincava muito, principalmente com o mais velho dos seus irmãos; complementando os estudos regulares, lia com denodo, com aprendizado dos idiomas grego e francês e escrevia tragédias em verso. Infelizmente, com a idade precoce de quinze anos, motivado por uma tosse violenta e uma grave lesão nas costas, lesionou quase que irreversivelmente a espinha dorsal e, o pior, afetou sensivelmente os pulmões. Não bastando isso, perde a mãe; depois de quatro anos, seu pai vende a casa e, depois de um período de sofrimento, finalmente adquire a casa de Wimpole Street, local em que a já frágil saúde de Elizabeth se debilitou ainda mais, fazendo com que praticamente se isolasse do mundo exterior. Robert, convivia em um lar cujos pais benevolentes, irmã prestimosa, em uma casa muito agradável, localizada em Camberwell, propiciavam-lhe tempo de sobra para se dedicar e escrever poesias. Possuidor de vasta cultura, proveniente dos inúmeros livros que lera, e, logicamente, dos ensinamentos de seu pai, um verdadeiro intelectual, com proficiência nas literaturas, espanhola, francesa, grega e italiana. Por suas vez, contrastando com Elizabeth, pela sua versatilidade, cultura e boa aparência, Robert extrapolava dos seus limites domésticos, participando ativamente do mundo elegante e distinto da época. Num cargo público, secretariando um diplomata de carreira, viajou duas vezes a Rússia e, também duas vezes na Itália, cujo país, aliás, considerava como a sua segunda pátria. Numa determinada etapa da sua vida, Robert, partindo da Itália, com regresso à Inglaterra, sentiu-se momentaneamente desorientado, procurando achar uma novo oriente para a sua vida, entregando-se com denodo à leitura; foi nesse ambiente de transformação, provavelmente vulnerável, que pela primeira vez leu os Poemas de Elizabeth Barret, editados em dois volumes. Seduzido de forma irremediável pelos escritos, exatamente ele que se julgava um intransponível nos caprichos do amor, percebeu de forma arrebatadora que sucumbira aos versos fluentes, enamorando-se perdidamente pelo espírito e inteligência daquela poetisa. Fim 1ª parte São Percheiro |
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