O sócio-gerente da Indústria de Calçados da Zambézia (INCALA), Inusso Ismael, disse à nossa Reportagem que a pesquisa em curso visa apurar as oportunidades que podem surgir para colocar os seus produtos e expandir o seu negócio para aquele país vizinho.
A fábrica produz, por ano, 800.000 pares de calçado e dois milhões de loiça diversa comercializados no mercado nacional, principalmente nas regiões centro e norte do país, onde se encontram os maiores apreciadores dos produtos da INCALA. De acordo com Inusso Ismael, parte significativa daquela produção foi colocada no Malawi e a reacção foi bastante positiva, o que animou os gestores da empresa a apostarem no mercado daquele país por causa das novas perspectivas que se vislumbram.
“Oitenta porcento da nossa produção actualmente é comercializada no mercado nacional mas, como empresa, temos de abrir novos horizontes e experimentar novas oportunidades”, disse Inusso Ismael para quem os primeiros “ensaios” no mercado da República de Malawi são bastante encorajadores.
A fábrica foi construída na década noventa com um capital inicial estimado em quatro milhões de dólares norte-americanos. Actualmente emprega 80 trabalhadores e tem vindo a cumprir com a responsabilidade social.
O parque industrial da cidade de Quelimane está inoperacional devido a factores conjunturais. A INCALA foi uma das poucas indústrias que resistiu a esses factores, tendo, inclusive, numa situação de crispação económica e financeira, investido na modernização da sua produção, através da importação de tecnologias.
No início produzia calçado de borracha de muito boa qualidade mas no contexto de aperfeiçoar e modernizar a linha de produção acabou introduzindo a produção de artigos em melanina, facto que aumentou nos últimos tempos a procura dos bens por si produzidos.
A sua responsabilidade social tem estado a reflectir-se nas áreas sociais, nomeadamente na construção de escolas e unidades sanitárias nas regiões carenciados, fontes de água e mesquitas. Por exemplo, a comunidade de Mbaua, no posto administrativo de Macuse, tem um centro de Saúde construído com base nos rendimentos sociais daquela empresa. Vinte mil pessoas já têm acesso à assistência sanitária em infra-estruturas melhoradas, passando a encurtar a distância para vila de Namacurra.
Várias fontes de água foram construídas em muitos distritos da Zambézia para aumentar, igualmente, o acesso à água potável das comunidades locais.
Os desafios da empresa passam pelo aumento da produção em qualidade e quantidade e consolidar o seu desafio de “atacar” o mercado do Malawi.
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