15/04/2011
O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, escalou esta sexta-feira o distrito de Zavala, última etapa da sua visita a província de Inhambane, Sul de Moçambique, onde manifestou a sua satisfação por ter constatado que há um trabalho profundo para a valorização da cultura moçambicana.
Esta valorização, segundo Guebuza, manifesta-se na transmissão de conhecimentos sobre as ‘raízes culturais’ à nova geração, que assim passa a crescer ao ritmo da cultura dos seus antepassados.
“Uma coisa que chama atenção é o facto de ver pessoas com cabelo branco a cantar e dançar com crianças. A nossa cultura não vai morrer. Não deve morrer. As nossas crianças nascem e vivem a nossa cultura”, afirmou o estadista moçambicano num encontro com populares de Muane.
O pior que pode acontecer “é perdermos a nossa cultura, perdermos as nossas línguas, os nossos mitos, a nossa maneira de cultivar, a nossa maneira de cozinhar”, acrescentou.
Segundo Guebuza, quando as pessoas perdem a sua cultura passam a imitar a de outros, perdendo, deste modo, as suas raízes. http://www.rm.co.mz/
“Quem imita não tem onde pisar. A sua cabeça não está com o resto do corpo”, disse o Presidente, reiterando que ninguém deve deixar a cultura moçambicana morrer.
A Timbila, ora consagrada património mundial, é uma das principais manifestações culturais do distrito de Zavala, que, anualmente, tem promovido festivais desta dança, juntando vários grupos.
Para Guebuza, todas as manifestações culturais moçambicanas devem ser valorizadas e transmitidas às outras gerações.
Situado na parte meridional da província de Inhambane, Zavala tem como sede a vila de Quissico. O distrito tem uma superfície de 1.997 quilómetros quadrados e uma população de 139.616, de acordo com os resultados preliminares do Censo de 2007.
(RM/AIM)
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