O Chimpanzee Eden fica a 15 quilómetros de Nelspruit e é uma óptima alternativa às habituais compras que os moçambicanos vão fazer a esta cidade sul-africana.
Como o nome indica, é um santuário de chimpanzés. Mas desengane-se quem pensa que lhes vai tocar, dar comida, ou ser fotografado com um chimpanzé ao colo. Pelo contrário. Aqueles bichinhos já sofreram muito nas mãos de nós, homens, e por isso, vai poder vê-los à distância, conhecê-los melhor, e rir-se com eles. Mas à distância, e deixando-os viver como todos deviam: em liberdade, no seu habitat e, sobretudo, longe de serem nossos animais de estimação.
Situado numa reserva de mil hectares, JGI Chimpanzee Eden é um lar de chimpanzés maltratados, subjugados, torturados. É um refúgio. Sendo o primeiro e único santuário de chimpanzés na África do Sul, tenta dar mais condições a chimpanzés que tiveram pouca sorte na vida e formar os turistas através de passeios divertidos e educativos.
Cada chimpanzé tem um nome, e cada um tem uma história. Os moçambicanos mais conhecerão o João, que era a coqueluche do jardim zoológico de Maputo, por fazer o pino.
Os chimpazés sempre tiveram esse problema. São bonitos, espertos e fazem rir. Quem os vê, logo os quer levar para casa e cuidar deles como crianças. Quem não se lembra do chimpanzé do Tarzan? Ou daqueles postais de chimpanzés a lavarem os dentes com uma enorme escova? Eram cómicos, mas pouco felizes.
Essa faceta divertida, mais o comércio de "carne-mato", que tem crescido à medida que as grandes florestas selvagens da África se tornaram mais acessíveis aos seres humanos, têm levado os chimpazés a um estado de quase extinção. Estima-se que estes primatas desapareçam do seu habitat natural no espaço de dez anos.
É por isso que uma visita ao Chimpazee Eden é uma obrigação, quer porque pode ajudar o centro a manter e reabilitar novos chimpanzés, como porque, para além da educação e do turismo, a diversão está garantida.
Os chimpanzés estão dividos por três grupos, cada um com o seu macho alfa. Juntá-los era começar uma guerra entre eles. Assim, estão separados, cada grupo com muito espaço para viver em liberdade.
Os turistas só os vêem através de uma cerca eléctrica, mas ainda assim, conseguirão entender que estes animais têm uma vida social dinâmica, onde os mais velhos brincam/ provocam os mais novos, as fémeas fazem-se de bonitas para receber mais comida, e os machos são os durões.
Cada chimpanzé tem a sua personalidade, a que facilmente conseguimos associar um amigo, familiar ou conhecido. E os guias conhecem bem cada uma delas, a história de cada animal e como vieram parar ao centro.
Aquele que estava numa jaula minúscula numa casa particular e assim atrofiou os músculos, o outro que era usado como mascote numa discoteca, tendo chegado ao centro viciado em drogas, álcool e tabaco, o terceiro que foi capado e assim, na flor da idade, tenta ser macho mas não é reconhecido como tal nem por eles, nem por elas.
Sim, as histórias são tristes mas ali, fique descansado, que eles estão bem e felizes. E isso vê-se, mesmo através da cerca.
Quem se apaixonar pelo centro poderá fazer um programa de voluntariado com um mínimo de uma semana, ou adoptar um chimpanzé, dando ao centro 80 dólares por ano.
Cada chimpanzé tem a sua personalidade, a que facilmente conseguimos associar um amigo, familiar ou conhecido. E os guias conhecem bem cada uma delas, a história de cada animal e como vieram parar ao centro.
Aquele que estava numa jaula minúscula numa casa particular e assim atrofiou os músculos, o outro que era usado como mascote numa discoteca, tendo chegado ao centro viciado em drogas, álcool e tabaco, o terceiro que foi capado e assim, na flor da idade, tenta ser macho mas não é reconhecido como tal nem por eles, nem por elas.
Sim, as histórias são tristes mas ali, fique descansado, que eles estão bem e felizes. E isso vê-se, mesmo através da cerca.
Quem se apaixonar pelo centro poderá fazer um programa de voluntariado com um mínimo de uma semana, ou adoptar um chimpanzé, dando ao centro 80 dólares por ano.
Texto e fotos: Marta Curto
http://viajar.sapo.mz/artigo/804