A Cimentos de Moçambique, do grupo português Cimpor, irá enfrentar concorrência acrescida naquele país da África Austral. De acordo com uma avaliação da Economist Intelligence Unit (EIU) sobre a evolução do sector, quatro projectos de investimento na produção de cimento, avaliados em mais de 312 milhões de euros, estão em curso e a sua materialização vai gerar mais de 2450 toneladas de cimento por mês.
A chinesa África Great Wall Cement Manufacturer está a investir pouco mais de 54 milhões de euros para construir uma fábrica com capacidade de 500 mil toneladas por ano em Magude, província de Maputo. Por seu turno, o China International Fund, também na província de Maputo, vai investir cerca de 50 milhões de euros numa fábrica com capacidade para 800 mil toneladas/ano. Igualmente na província de Maputo, a GS Cimento, da China, vai aplicar mais de 69 milhões de euros num empreendimento com potencial para 550 mil toneladas/ano.
Segundo a EIU, o maior investimento previsto será da sul-africana Portland Cement: 140 milhões de euros numa unidade com capacidade para 600 mil toneladas/ ano.
A concretização dos projectos resultará na triplicação da produção em Moçambique, para 4 milhões de toneladas/ano, até 2013, diz a EIU.
"A acentuada expansão da capacidade de produção de cimento destina-se a responder ao aumento da procura do mercado da construção em Moçambique, com grandes projectos na mineração, energia e construção a apresentarem-se como principais fontes", refere a avaliação.
Actualmente, Moçambique produz 1,3 milhões de toneladas e a Cimentos de Moçambique gera a maioria dessa quantidade - 700 mil toneladas.