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saopercheiro: A JANELA
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De: percheiro  (Mensaje original) Enviado: 23/06/2011 16:49
Parecia que estava tudo bem, mas não é verdade nem sempre o que aparenta é, e quando o esforço e grande algo tem de acontecer, se perde a esperança   e com ela toda a força que nos ajudava a enfeitar o dia a dia lhe dando um colorido quantas vezes artificial.
Até tinha feito alguns planos para hoje, mas tudo se transformou numa tempestade de choro que só com grande esforço consegui suster!
O Mordomo das minhas Crónicas morreu ontem... Senti que muitas coisas estão morrendo neste meu caminhar, tento olhar  as "pegadas na areia", e encontrar força para continuar, mas está-se tornando cada vez mais difícil, o cerco se vai fechando, e com ele parte dos meus sonhos.
Da janela só consigo ver a porta da vizinha da frente trancada, onde nem uma flor enfeita sua arcada, é uma rua triste onde ao final da mesma se vislumbra uma das muitas favelas pobres, onde os pobres de espirito fazendo coro com a lixeira e desordem, e onde a ordem não impera gerada pelo medo dos que governam desgovernadamente; se misturando aos tiros sem alvo ao som da guitarra de cordas desafinadas, onde ás tantas e algumas madrugadas dão o ar de sua graça...
Aqui só se mora não se passa, porque nunca se passa nada, nem o carro do lixo, apenas o carteiro se mantem fiel que vai distribuíndo a uns contas para pagar, a outros rendimentos para não trabalhar, há de tudo aqui, se vendem misérias... onde a Policia não passa, onde a ordem se faz por aqui, e é aqui esta paisagem que bem podia ser o Tejo, que tudo se passa, sem que ninguém diga nada...
Eu continuei seguindo quando dei conta de que estava em frente ao novo hospital, entrei, olhei para todos os lados e continuei, derrepente meus olhos deram com um longo corredor, ainda com cheiro a tinta fresca, mas o que me chamou a atenção foi um porta toda em vidro, sentado de costas um vulto imóvel olhando fixamente aquela porta toda envidraçada, do meu lado direito uma sala de estar onde alguns também sentados conversavam baixinho.
Aquela imagem olhando a porta me chamou a atenção, e continuei, já ao lado daquele rosto macilento e magro estava um homem... toquei seu ombro enquanto olhei o que ele tanto fitava...era o grande ribeiro de Santa Catarina que visto áquela altura mais parecia a boca do Inferno... Ele me disse em voz cavernosa " já tentei abrir mas começa a tocar" - lá deve ser melhor que aqui... senti um frio e tentei leva- lo comigo para o quarto ao lado, mas me olhou apenas e disse," vá embora, você não mora cá"...
Tremendo recuei com os olhos fitos naquela janela onde por baixo uma boca inorme parecia querer engulir aquele vulto...
 
São Percheiro



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