Olá meninas,

Vamos começar este blog contando pra vocês a história dessas duas pecinhas que a gente tanto ama: o biquíni.

O termo biquíni (bikini) surgiu em 1946 apresentado pelo estilista francês Louis Réard que batizou sua criação com o nome do pequeno atol no pacífico onde os americanos tinham acabado de começar a testar os efeitos da bomba atômica, e o efeito do biquíni foi tão bombástico quanto as próprias bombas. As modelos do estilista se recusaram a vestir trajes tão sumários e o estilista teve que chamar uma stripper, Micheline Bernardini, para encarar o desafio. Com sua estampa de jornal, quadril e umbigo a mostra o biquíni gerou tamanha polêmica que foi notícia global trazendo inúmeras críticas e até sendo censurado em alguns países. Sim, antes disso tínhamos o traje de banho de duas peças, mas ele era bem mais recatado e ainda continuou a ser  usado por ser considerado de “mulheres finas”.

Mas esse estigma em cima do biquíni não durou muito, apenas três verões depois já virou o traje de banho eleito pelas mulheres. Grandes atrizes, as “bombshells”, da época foram as primeiras a aderir e assim ajudaram a popularizar a nova bomba da moda. Mas foi em 1956 que Brigitte Bardot imortalizou a peça no filme “E Deus Criou a Mulher”. No Brasil foram as vedetes que lançaram a moda fazendo Copacabana parar para ver Carmem Verônica e Norma Tamar tomarem banho de sol. A partir disto o biquíni entra para fazer parte da historia da moda nacional, mais tarde chegou até ser proibido pelo então presidente Jânio Quadros, tachando a peça de indecente. Mas não era mais possível desfazer o poder dos biquínis e as areias cariocas se tornaram a grande passarela de moda praia.

Nos anos 60 vem Helô Pinheiro desfilando pela orla carioca e inspirando Vinicius de Moraes e Tom Jobim a escrever Garota de Ipanema. Nas telas do cinema aparece a bond girl Úrsula Andress, no filme 007 contra o Satânico Dr. No, com um biquíni que fez história, foi até repaginado para o James Bond com Halle Berry como bond girl anos depois. Foi a época de quando a Lycra® lançou seu novo fio que pode trazer novos ares para a moda praia fazendo com que os modelos ganhassem um ajuste anatômico e os tecidos antes pesados fossem trocados por mais leves e com secagem rápida.

Na década de 70 o Brasil vem fazer história mundial com o surgimento da TANGA,  que foi atribuído a modelo Rose di Primo que cortou as laterais e amarrou-as para melhorar o bronzeado. Foi realmente uma revolução o que já era considerado pequeno ficou ainda menor, com o triângulo da frente do mesmo tamanho que o de trás. E Cheryl Tiegs trazendo o corpo atlético, barriga definida para o padrão de beleza.  O topless começou a virar febre nas praias ao redor da Europa, uma moda que nunca “pegou” oficialmente no Brasil.

Ah! Os anos 80… uma década de criações ousadas tanto tivemos criações incríveis, quanto outras mais duvidosas… O hit da década foi sem dúvida o biquíni asa delta, mas tivemos também os provocantes de cortininha, o enroladinho nas laterais e quando ainda estavam se acostumando  com o modelo tanga veio o fio-dental provando que nunca se é pequeno demais,  e este modelo caiu nas graças das brasileiras e continua até hoje uma preferência nacional.

Entramos na década de 90, e a moda praia se eleva ao hit cult, não era mais apenas o biquíni, mas todo o arsenal a que tinha direito com cangas, saídas de praia, chapéus, bolsas, etc… E o biquíni MADE IN BRAZIL ganha o mercado internacional. A força deste mercado foi notada, investiu-se em tecnologia que truxe novos tecidos, texturas e também na melhora da qualidade e das possibilidades de modelagens e estampas.