Existe há 2850 anos no que agora resta de um antigo olival, próximo das ruínas do castelo de Pirescouxe, no Bairro da Covina, em Santa Iria da Azóia, no concelho de Loures. Trata-se de uma oliveira bravia e, segundo a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, é a mais velha árvore de Portugal, destronando, assim, a oliveira de Pedras d’El Rei, em Tavira, que terá 2210 anos.
No entanto, o método aplicado para determinar a idade da árvore algarvia é menos credível do que o desenvolvido, nos últimos quatro anos, pelos investigadores transmontanos, explicam os peritos. O sistema inovador, entretanto já patenteado, baseia-se na análise dos padrões de crescimento da espécie, como a altura, o perímetro ou o diâmetro, enquanto o método antigo aplicava-se através da contagem dos anéis ou pela técnica de medição do carbono 14, que tende a diminuir com o decorrer do tempo.
O processo foi dirigido pelos professores José Luís Lousada e Pacheco Marques, após um contacto do empresário de árvores ornamentais André Soares dos Reis, para estimar a idade desta planta lenhosa. O perímetro da oliveira mede, na sua base, 10,15 metros e o diâmetro da copa tem 7,60 por 8,40 metros. Esta árvore monumental já vai em 4,40 metros de altura. Ainda assim, os especialistas dizem acreditar que existe no país uma oliveira mais antiga, mas cujo dono não acedeu à certificação.
Ontem, sábado, a oliveira de Loures foi certificada numa cerimónia pública, organizada pela Associação de Defesa do Património Ambiental e Cultural de Santa Iria da Azóia, noticia o Expresso.