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General: A Indiferença ou a Paixão pelos Outros
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De: dinjethwa (Mensaje original) |
Enviado: 18/07/2011 15:25 |
A Indiferença ou a Paixão pelos Outros
O que é mais proveitoso — perguntava eu — representar o mundo como pequeno ou como grande? Vejamos como eu resolvia o assunto: os homens eminentes, os capitães famosos, os estadistas competentes, em suma, todos os conquistadores e todos os chefes que se elevam pela violência acima dos outros homens, devem ser feitos de tal maneira que o Mundo lhes deve parecer como um tabuleiro de damas. Se assim não fosse, eles não teriam a rudeza e a impassibilidade necessárias para subordinarem audaciosamente aos seus imprevisíveis planos a felicidade e os sofrimentos dos indivíduos isolados, sem se importarem nada com isso. Em contrapartida, uma tão limitada concepção pode levar os homens a não realizarem coisa alguma, porque todo aquele que considera a humanidade como uma coisa sem importância acabará por a achar insignificante e por soçobrar na indiferença e na passividade. Desdenhoso de tudo, preferirá a inércia à acção sobre os espíritos, sem contar que a sua insensibilidade, a sua ausência de simpatia e a sua letargia chocarão toda a gente, ofendendo constantemente um mundo imbuído do seu próprio valor. Assim se lhe fecharão todas as vias de um sucesso imprevisto. Será mais razoável — perguntava eu, então — ver na humanidade qualquer coisa de grande, de magnífico e de importante, digna de todos os zelos e de todos os esforços, tendentes a adquirir consideração e estima? Objectar-me-ão que esta concepção amplificadora e respeitosa implica uma certa depreciação de si mesmo, uma espécie de mal-estar, e que o Mundo se afastará, sorrindo, do rapaz ingénuo e deferente para procurar adoradores mais viris. Por outro lado, uma tal confiança e um tal fervor oferecem vantagens consideráveis. Com efeito, quem concede grande importância às coisas e aos seres sabe de antemão que eles lhe serão gratos pela sua opinião lisonjeira. Além disso, os seus pensamentos e o seu comportamento impregnar-se-ão duma seriedade, duma paixão e de um tal sentimento de responsabilidade que, tornando-o ao mesmo tempo um homem amável e importante, o poderão levar aos sucessos e às façanhas mais insignes. Thomas Mann, in "As Confissões de Félix Krull" |
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De: mariomarinho2 |
Enviado: 18/07/2011 15:50 |
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De: dinjethwa |
Enviado: 18/07/2011 15:56 |
Boa Tarde Mario
Obrigado!
Abraco
Din |
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De: dinjethwa |
Enviado: 18/07/2011 15:56 |
Boa Tarde Mario
Obrigado!
Abraco
Din |
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De: mariomarinho2 |
Enviado: 18/07/2011 16:00 |
Din,
O Café Zambeze é que agradece.
Um Abraço e continuação de Boa Semana |
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De: helenamarinho |
Enviado: 18/07/2011 16:07 |
Fabuloso e verdadeiro!!!
Sendo filho de um alemão e de uma brasileira, devia ter uma personalidade fascinante e de extremos!!! Sempre simpatizei com o facto de ter assumido a discordância com Hitler...
Adorei!!!! |
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De: dinjethwa |
Enviado: 18/07/2011 16:11 |
Helena
Estava longe de saber que tinha uma mae brasileira. Ve-se que a gentiliza vem da parte maternal.
Obrigado pelo comentario!
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De: helenamarinho |
Enviado: 18/07/2011 16:20 |
Din,
Eu penso que este grande homem tem uma doçura que deve ser mesmo da parte maternal (sem ofensa para os alemães). Concordo contigo!!!!
Um abraço, |
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De: rosamaria55 |
Enviado: 19/07/2011 15:01 |
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