Pediu-se a um grupo de estudantes que escrevessem no computador um conjunto de informações. Mas antes, os investigadores informaram metade desses alunos de que o que iriam escrever ficaria guardado no computador, sendo que a outra metade foi informada de que os dados se perderiam. Depois desse exercício, foi-lhes pedido que reproduzissem as frases, de cabeça. Resultado: os que achavam que a informação se iria perder revelaram melhor memória, do que os que acreditavam que a informação estaria guardada.
Esta foi uma das várias experiências realizadas no âmbito do estudo “O Efeito Google na Memória: Consequências cognitivas de ter a informação na ponta dos dedos”.
Liderada por Betsy Sparrow, da Universidade de Columbia, a investigação sugere que a Internet actua como uma memória transitiva ou como um repositório externo de informação, tal como no caso dos casais de longa duração, em que estudos anteriores já revelaram que os ambos os membros confiam um no outro como um banco recíproco de informação.
“Eu não acho que o Google nos está a tornar estúpidos. Só estamos a alterar a forma como memorizamos as coisas”, conclui a investigadora responsável pelo estudo.
@SAPO
http://noticias.sapo.mz/tecnologia/noticias/artigo/1169025.html