GROWN ENERGY INVESTE USD 320 MILHÕES NA PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS

Maputo, 29 Jul (AIM) – A empresa “Grown Energy Zambeze, Limitada” está a investir 320 milhões de dólares norte-americanos na implementação de um projecto para a produção de biocombustíveis no distrito de Chemba, na província central de Sofala.

O projecto, que deverá estar concluído até finais de 2013, vai produzir biocombustíveis com base na cana-de-açúcar. Actualmente, emprega 300 trabalhadores, número que deverá aumentar para 500 até Março de 2012.

O facto foi revelado, quinta-feira, pelo director-geral daquela empresa, Rademan Rensburg, ao governador de Sofala, Carvalho Muária, no quadro da visita que iniciou ao distrito de Chemba, para se inteirar das acções que visam o desenvolvimento social e económico desta região.

Segundo o jornal “Diário de Moçambique”, numa primeira fase (16 a 18 meses), a futura fábrica terá uma capacidade para produzir anualmente 25 mil litros de etanol, uma das matérias-primas para a produção de biocombustíveis.

Na segunda fase, que compreende um período de 35 meses, a produção anual vai atingir 100 mil litros de etanol que, para além de abastecer o mercado nacional, também será exportado para a União Europeia.

Rensburg disse que já foi concluída a limpeza de arbustos numa área de 1.300 hectares, dos quais 65 já possuem cana sacarina e que a outra área de plantação de cana semente tem uma extensão de 550 hectares.

“Depois destas duas áreas, iniciará a produção comercial de cana, numa porção de três mil hectares. Para a implementação do projecto, as autoridades governamentais cederam uma área total de 24 mil hectares”, disse Rensburg.

O projecto arrancou em 2008 em Chemba. Espera-se que com a abertura da fábrica de processamento venham a ser empregues nos próximos anos mais de dois mil trabalhadores.

No que tange à responsabilidade social, aquela empresa está a investir cerca de 250 mil dólares norte-americanos na construção de cinco salas de aulas de raiz, na escola primária de Nsusso e reabilitação de outras três salas.

Para além de escolas, as comunidades que vivem dentro da área, onde se desenvolve o projecto estão a beneficiar de água potável.

Para a implantação do projecto, serão reassentadas 110 famílias numa região de sua escolha.

Para o efeito, explicou Rensburg, as famílias referidas terão duas possibilidades, uma que e’ a construção por parte da empresa ou então a disponibilização de dinheiro para as pessoas fazerem o que bem entenderem.

Assim, a empresa deverá iniciar um processo de auscultação junto as comunidades para a busca de uma plataforma consensual, porque a intenção não e’ forçar as famílias a abandonar as zonas que actualmente habitam mas sim convencê-las sobre a necessidade de se retirarem para cederem o lugar a este empreendimento de grande valor socio-económico.

Sobre o assunto, o governador de Sofala, Carvalho Muária, manifestou a sua satisfação com a decisão da empresa porque honra com o que está preconizado no projecto, ou seja trazer benefícios para as comunidades, destacando que a iniciativa vai incentivar o crescimento social e económico do distrito de Chemba e do país.
(AIM)
MAD/SG

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