Com Portugal em crise, inúmeros são os portugueses que procuram o futuro noutros países. Para Sandra, Daniela e Joana, o futuro quer-se em Moçambique
Sandra Cristina Nogueira Fagundes tem 29 anos, é portuguesa e adorava ir viver para Moçambique. Esteve no nosso país a fazer um estágio de dois anos, no norte de Moçambique, e agora que Portugal está em crise, pensa em outras paragens.
"A pessoa é pouco valorizada em Portugal. A nível profissional cada vez há menos oportunidades, os contactos pessoais são o mais importante e acaba-se por não se conseguir fazer o que se gosta na vida. Limitamo-nos a esperar que os dias passem e contentamo-nos com o que temos. Basicamente procuro fora de Portugal a mudança, que tenho esperança que seja para melhor. Moçambique está em primeiro lugar de todos os países para onde gostava de ir".
Sandra é engenheira química e o que a atrai em Moçambique é o facto de que, embora seja um país com bastantes problemas, "acho que as coisas boas que tem supera tudo. Adoro a parte: ´Os Europeus têm o relógio, nós temos o tempo´".
Daniela Diaz tem 39 anos, é portuguesa e também alimenta o sonho de ir para Moçambique. Como economista e terapeuta de desenvolvimento pessoal está no mercado de trabalho português há 14 anos, mas sente que está na hora de mudar. "Aqui as coisas estão confusas, as pessoas estão com medo de toda a conjuntura económica e social e existe um ambiente de depressão".
Em Moçambique, Daniela tem o pai a morar em Pemba, o que seria um apoio extra para esta mudança tão repentina. Uma viragem que não a assusta. "Sei que Moçambique é um país tranquilo, onde se vive em segurança, onde as pessoas são simpáticas e as praias maravilhosas.
Também seria uma oportunidade pra estar mais perto do meu pai".
Joana Barreto Valeriano tem 38 anos e trabalha há 16 anos na área de comunicação e relações públicas. "Gostaria de sair de Portugal, em parte pela aventura em si. Aventura de trabalhar num outro país, com outra cultura, com outros desafios, com formas diferentes de encarar a vida daquelas a que estou habituada e que temos por cá. Por outro lado, procuro uma oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, que, querendo ou não, acredito que só o conseguirei fora do país".
Há uns anos, Joana visitou Moçambique, de férias, e sentiu-se em casa.
"Apaixonei-me por Moçambique desde que tive a sorte de conhecer uma pequena parte do país há uns anos atrás. Desde então, fiquei com a sensação que Moçambique iria ser de alguma forma o meu "novo" país.
Senti-me "em casa", fora de casa". Joana adorou o povo, a cultura, e "principalmente, adorei sonhar e pensar que posso dar um pouco de mim, um pouco das minhas vivências, da minha experiência, da minha cultura, a um país e um povo que está ávido de conhecimento e novas experiências também".
De Moçambique, Joana sabe pouco. "Sei que é um dos países mais pobres de África, mas também sei que os moçambicanos estão empenhados em dar a volta por cima e mostrar a todos que são capazes de evoluir, de se tornarem independentes financeiramente e elevar Moçambique à condição de país moderno e de nova potência africana.Pessoalmente, a mim atrai-me a simpatia do povo moçambicano, acolhedores por excelência.
Atrai-me o clima, a comida, as praias a paisagem por explorar e acima de tudo, atrai-me o potencial que acredito o país tem".
Estas três mulheres ja enviaram os seus currículos para Moçambique e esperam, neste momento, uma resposta.
Marta Curto
SAPO MZ
![](http://imgs.sapo.pt/gfx/529461.gif)
"A pessoa é pouco valorizada em Portugal. A nível profissional cada vez há menos oportunidades, os contactos pessoais são o mais importante e acaba-se por não se conseguir fazer o que se gosta na vida. Limitamo-nos a esperar que os dias passem e contentamo-nos com o que temos. Basicamente procuro fora de Portugal a mudança, que tenho esperança que seja para melhor. Moçambique está em primeiro lugar de todos os países para onde gostava de ir".
Sandra é engenheira química e o que a atrai em Moçambique é o facto de que, embora seja um país com bastantes problemas, "acho que as coisas boas que tem supera tudo. Adoro a parte: ´Os Europeus têm o relógio, nós temos o tempo´".
Daniela Diaz tem 39 anos, é portuguesa e também alimenta o sonho de ir para Moçambique. Como economista e terapeuta de desenvolvimento pessoal está no mercado de trabalho português há 14 anos, mas sente que está na hora de mudar. "Aqui as coisas estão confusas, as pessoas estão com medo de toda a conjuntura económica e social e existe um ambiente de depressão".
Em Moçambique, Daniela tem o pai a morar em Pemba, o que seria um apoio extra para esta mudança tão repentina. Uma viragem que não a assusta. "Sei que Moçambique é um país tranquilo, onde se vive em segurança, onde as pessoas são simpáticas e as praias maravilhosas.
![](http://imgs.sapo.pt/gfx/529462.gif)
Joana Barreto Valeriano tem 38 anos e trabalha há 16 anos na área de comunicação e relações públicas. "Gostaria de sair de Portugal, em parte pela aventura em si. Aventura de trabalhar num outro país, com outra cultura, com outros desafios, com formas diferentes de encarar a vida daquelas a que estou habituada e que temos por cá. Por outro lado, procuro uma oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, que, querendo ou não, acredito que só o conseguirei fora do país".
Há uns anos, Joana visitou Moçambique, de férias, e sentiu-se em casa.
"Apaixonei-me por Moçambique desde que tive a sorte de conhecer uma pequena parte do país há uns anos atrás. Desde então, fiquei com a sensação que Moçambique iria ser de alguma forma o meu "novo" país.
Senti-me "em casa", fora de casa". Joana adorou o povo, a cultura, e "principalmente, adorei sonhar e pensar que posso dar um pouco de mim, um pouco das minhas vivências, da minha experiência, da minha cultura, a um país e um povo que está ávido de conhecimento e novas experiências também".
De Moçambique, Joana sabe pouco. "Sei que é um dos países mais pobres de África, mas também sei que os moçambicanos estão empenhados em dar a volta por cima e mostrar a todos que são capazes de evoluir, de se tornarem independentes financeiramente e elevar Moçambique à condição de país moderno e de nova potência africana.Pessoalmente, a mim atrai-me a simpatia do povo moçambicano, acolhedores por excelência.
Atrai-me o clima, a comida, as praias a paisagem por explorar e acima de tudo, atrai-me o potencial que acredito o país tem".
Estas três mulheres ja enviaram os seus currículos para Moçambique e esperam, neste momento, uma resposta.
Marta Curto
SAPO MZ