Cinco anos depois, este caderno de encargos concretizou-se num dos modelos mais icónicos da história do automóvel: a Renault 4L. Em Portugal, usa-se o artigo no género feminino porque a sua vocação foi, durante muito tempo, claramente a de uma viatura de trabalho, nomeadamente na agricultura.
De mecânica simples e muito fiável, espaço de carga generoso, a 4L transformou-se na carrinha dos agricultores, ao mesmo tempo que garantia transporte para a família ao fim-de-semana.
Até cessar a produção, em 1992, a Renault fabricou e vendeu mais de oito milhões de 4L – uma marca só superada em toda a história do automóvel pelo VW Carocha e pelo Ford T.
Era um carro revolucionário: primeiro Renault de tracção dianteira, dispunha de suspensão independente às quatro rodas e a carroçaria apostava no formato hatch-back (ou seja, sem terceiro volume: o habitáculo prolongava-se até à porta da bagageira).
As 4L continuam a circular pelas estradas do mundo e em Portugal ainda há centenas (talvez milhares) em plena forma, muitas delas ao serviço de entidades oficiais.
Ganharam o estatuto de clássico e continuam a ter uma imensa legião de fiéis. Parabéns!
http://www.publico.pt/Sociedade/renault-4l-nasceu-ha-50-anos_1506053