O Banco Único, detido maioritariamente pelos grupos portugueses Américo Amorim e Visabeira, iniciou hoje actividade em Moçambique, com a abertura de balcões nas cidades de Maputo e Matola.
Com um capital de 20 milhões de dólares (cerca de 13,78 milhões de euros), o Banco Único é controlado pelo empresário Américo Amorim e pela Visabeira, que assumem a maioria do capital, sendo o restante disperso por vários accionistas, como o Instituto Nacional de Segurança Social de Moçambique e Rural Consult, DHD, SS do empresário moçambicano Salimo Abdula, Agro-Alfa, entre outros.
O mercado financeiro moçambicano já era dominado por capitais portugueses, com o Millennium bcp a deter a maioria no Millennium Bim, o Grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Banco Português de Investimento (BPI) no BCI, e o Banco Espírito Santo, com uma participação no capital do Moza Banco.
O presidente do Conselho de Administração e do conselho executivo do Banco Único é o economista moçambicano João Figueiredo, que assegurou que a estrutura societária da instituição está ainda em evolução.
Neste momento, o consórcio constituído pelos grupos portugueses Américo Amorim e Visabeira detêm entre "51 e 71% das acções", afirmou João Figueiredo, que acumula as pastas da 17.ª instituição financeira autorizada a funcionar no país pelo Banco de Moçambique.
Falando aos jornalistas, o responsável disse que o principal objectivo do Banco Único "é poder constituir-se como banco de referência para os seus clientes".
Actualmente, o Banco Único cobre 58 dos 128 distritos moçambicanos.
O presidente do Conselho de Administração do Banco Único referiu que, até ao fim do ano, os accionistas da instituição bancária vão aumentar para 40 milhões de dólares (cerca de 27,57 milhões de euros) o valor do capital social.
O vice-governador do Banco de Moçambique, António Pinto de Abreu, que testemunhou a abertura do banco, apelou aos proprietários para que tragam uma nova dinâmica ao sector bancário do país. "Queremos que este banco funcione de forma equilibrada e façam lucros", disse António Pinto de Abreu, sublinhando, no entanto, não ser função de um banco procurar o lucro, mas "ajudar no crescimento do país".
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